Programa Jovens Talentos para a Conservação seleciona aluna da Ufac

A estudante Kathellen Magalhães, do mestrado em Ciências Ambientais, do campus Floresta da Ufac, foi selecionada, entre quase cem mestrandos de todo o Brasil, para receber R$ 25 mil do Programa Jovens Talentos para a Conservação, promovido pelo Instituto Luísa Pinho Sartori, cujo objetivo, sem fins lucrativos, é conservar o planeta para o bem de todos os seres vivos. E com esse auxílio pretende financiar a pesquisa e inspirar jovens conservacionistas.

Kathellen é bióloga e executa, em parceria com a ONG SOS Amazônia, da qual é voluntária, o projeto Quelônios do Juruá: Eu Protejo. A iniciativa baseia-se na conservação e manejo sustentável das populações de quelônios amazônicos, integrando as comunidades locais em todas as etapas. Ela é orientada pelo professor da Ufac, Tiago Lucena da Silva, no Laboratório de Biologia Animal, em Cruzeiro do Sul, e suas ações fazem parte do projeto Bichos de Casco, o qual visa ainda influenciar políticas públicas e promover práticas sustentáveis, garantindo benefícios ecológicos, sociais e econômicos em longo prazo.

As atividades incluem proteção de áreas de desova, monitoramento de ninhos, soltura de filhotes, formação socioparticipativa das comunidades, sensibilização ambiental e monitoramento contínuo das populações de quelônios. Os resultados esperados são a recuperação das populações, aumento da sobrevivência de filhotes, redução da caça ilegal, maior envolvimento das comunidades, fortalecimento da educação ambiental e conservação de habitats críticos.

“Ver a alegria das crianças ao aprender sobre a importância da conservação e ouvir dos comunitários como o projeto tem ajudado na preservação dos quelônios me dá a motivação para continuar trabalhando por um futuro em que esses animais possam coexistir em equilíbrio com as populações amazônicas”, disse Kathellen Magalhães.

Segundo Tiago Lucena da Silva, esse apoio garantirá a continuidade das ações de manejo comunitário em 2025. Além do envolvimento da aluna, ele ressaltou a parceria com a SOS Amazônia, que fornece suporte logístico e técnico para o projeto.

“Destaco o empenho e a dedicação da discente Kathellen Magalhães, que não mediu esforços em desenvolver e submeter uma proposta de projeto competitiva e obter êxito, mesmo em um edital tão concorrido.”