Mendel publica seus resultados, os quais sugerem que as características são passadas de geração à geração devido a "fatores" que permanecem inalterados ao longo do tempo. Nessa publicação são estabelecidos os princípios da dominância, segregação e independência dos genes.
Johann Friedrich Miescher isola da célula o que seria conhecido como DNA.
Oscar Hertwig e Hermann Fol determinam que apenas o núcleo do espermatozóide penetra no óvulo. Francis Galton oferece uma abordagem estatística para os mecanismos de herança.
Eduard Strasburger verifica que também nas plantas apenas o núcleo do grão de pólen penetra no óvulo.
Walther Flemming descreve a mitose
Walther Flemming, Eduard Strasburger, e Edouard Van Beneden elucidam a distribuição dos cromossomos durante a divisão celular.
Walther Flemming identifica a cromatina.
Carl Nägel e August Weismann propõem a existência de material genético. Wilhelm Roux relata a importância da divisão igualitária no final da mitose. Edouard van Beneden mostra que os gametas são haplóides e a fertilização restaura o número cromossômico original da espécie.
Hertwig, Strasburger e August Weismann propõem que os cromossomos carregam o material genético.
Richard Altmann isola a molécula do DNA. Hugo de Vries postula que a herança de características específicas está associada a algum tipo de partícula, a qual dá o nome de (pan)genes. Theodor Boveri mostra que a hibridação pode levar características de uma espécie para outra.
Hermann Henking identifica no núcleo de uma célula o que seria conhecido como cromossomo X.
Hugo de Vries (Holanda), Carl Correns (Alemanha) e Erich von Tschermark (Austria) redescobrem independentemente os trabalhos de Mendel.
Thomas Montgomery revela o pareamento dos cromossomos homólogos na meiose. C. E. McClung descobre que a determinação do sexo em alguns insetos depende de diferenças cromossômicas entre machos e fêmeas.
Archibald Edward Garrod estabelece que alguns problemas metabólicos são recorrentes em grupos familiares. Theodor Boveri mostra que deformidades podem ser produto de desbalanços cromossômicos.
Walter Sutton sugere que os cromossomos permanecem inalterados na interfase, apesar de não poderem ser vistos. Walter Sutton e Theodor Boveri, independentemente ligam os cromossomos aos mecanismos de herança genética. Wilhelm Johannsen cria os termos fenótipo e genótipo.
William Bateson cunha o termo genética.
Godfrey Harold Hardy e Wilhelm Weinberg porpõem o equilíbrio de Hardy-Weinberg.
Wilhelm Johannsen cunha o termo gene. Carl Correns descreve mecanismos de herança não mendeliana. Archibald Garrod sujere que genes produzem enzimas.
Thomas Hunt Morgan mostra que as características genéticas estão nos cromossomos.
Alfred Sturtevant constrói o primeiro mapa cromossômico. Estella Eleanor Carothers demonstra que os homólogos segregam independetemente.
Calvin Bridges estuda anomalias cromossômicas e confirma a teoria sobre a herança cromossômica.
Ronald Fisher publica o trabalho que dá início à genética moderna e à biologia evolutiva.
Trofim Lysenko inicia um movimento que recebeu o nome de "lisencoísmo". Esse era uma campanha política contra a genética e a agricultura conduzida com fundamentos científicos. Uma das alegações dos lisencoístas era que os fatores de hereditariedade não estavam apenas no núcleo, mas também no citoplasma.
Sewall Wright lança os fundamentos matemáticos da genética de populações.
Frederick Griffith descobre a transdução em células bacterianas.
Ronald Aylmer Fisher unifica a genética mendeliana e a teoria evolucionista de Darwin.
Barbara McClintock e Harriet Creighton identificam o "crossing over" como causa da recombinação gênica.
John Burdon Sanderson Haldane publica os princípios matemáticos ligando a seleção natural e a genética mendeliana, uma das bases da genéticas de populações, quantitativa e da conservação.
Jean Brachet demonstra que o DNA é encontrado nos cromossomos e o RNA no citoplasma das células.
Conrad Hal Waddington cunha o termo epigenética.
Edward Lawrie Tatum e George Wells Beadle mostram a relação entre genes e proteínas.
Max Delbrück e Salvador Luria mostram que as mutações genéticas surgem independentemente da pressão de seleção.
Oswald Avery, Colin MacLeod e Maclyn McCarty demonstram que o DNA era o responsável pela transformação em células bacterianas.
Joshua Lederberg e Edward Tatum demonstram a existência de conjugação em bactérias.
Salvador Luria apresenta os fundamentos da reparação da molécula de DNA.
Barbara McClintock descobre os transposons em milho.
Erwin Chargaff determina as relações de complemetariedade entre as bases que compõem o DNA. Bernard Davis demonstra que conjugação ocorre apenas quando há contato físico entre as células. Joshua e Esther Lederberg, William Hayer e Cavalli-Sforza descobrem a existência do fator F necessário para a conjugação bacteriana. Seymour Benzer inicia seus estudos com genes de vírus. Linus Pauling desvenda a estrutura tridimensional das proteínas.
Rosalin Franklin e Maurice Wilkins tem evidências da estrutura em dupla hélice do DNA.
Alfred Hershey e Martha Chase confirmam que o DNA é o material genético. Joshua Lederberg e Norton Zinder descobrem a transdução em células bacterianas.
James Watson e Francis Crick determinam a estrutura do DNA.
Alexander Robertus Todd determina a natureza química de diferentes nucleotídeos. Joe Hin Tjio determina que o número de cromossomos na espécie humana é 46, não 48 como se acreditava. A técnica desenvolvida para separação dos cromossomos revolucionaria a citogenética.
Elliot Volkin e Lawrence Astrachan sugerem que o RNA é produzido pelo DNA.
Arthur Kornberg e Severo Ochoa sintetizam moléculas de DNA em um tubo de ensaio. Robert William Holley, Marshall Nirenberg e Har Gobind Khorana propõem a sequência de nucleotídeos da molécula de RNAt. Eles também explicaram a ligação entre RNAm e a cadeia polipeptídica. Vernon Ingram demonstra que a mudança de uma aminoácido na cadeia polipeptídica pode alterar a função de uma proteína.
Matthews Meselson e Franklin Stahl determinação a natureza semiconservativa da replicação do DNA. Herbert Taylor refaz os experimentos de Meselson e Stahl usando cromossomos.
Arthur Kornberg identifica, isola e purifica a DNA polimerase.
François Jacob e colaboradores descobrem o operon. Paul Doty e Julius Marmur observam que o DNA pode se reorganizar após ser desnaturado pelo calor. Reiji e Tuneko Okazaki descobrem a necessiade de um primer de RNA para a replicação ocorrer. Matthew Meselson e François Jacob verificam que as proteínas são sintetizadas nos ribossomos.
Francis Crick e Sydney Brenner sugerem que o código genético é formados por trincas. Sydney Brenner, Francois Jacob e Matthew Meselson identificam a função do RNAm. Marshall Nirenberg e Heinrich Matthaei começam a decifrar o código genético.
John Cairns confirma a existência de "forquilhas" de replicação na molécula de DNA.
Charles Yanofsky e colaboradores demonstram a relação entre genes e aminoácidos. Howard Temin mostra que RNA pode produzir DNA. Robin Holliday propõem um modelo para explicar a recombinação durante a meiose. Marshall Nirenberg e Philip Leder descobrem a relação entre códons, anticódons e ribossomos. Mikhail Neiman fala da possibilidade de usar moléculas de DNA para armazenar dados. Fim do lisencoísmo. William Donald Hamilton lança os fundamentos matemáticos para o entendimento da transmissão de genes entre organismos haplodiplóides e as questões envolvendo altruísmo.
Os trabalhos de Marshall Nirenberg, Heinrich Matthaei, Philip Leder e Har Gobind Khorana decifram o código genético.
Oscar Miller Jr. e colaboradores observam a transcrição em um microscópio eletrônico.
Joel Huberman e Arthur Riggs fornecem evidências das multiplas origens de replicação nos cromossomos de eucariotos.
Lou Pardue e Joseph Gall desenvolvem um método para detectar a localização celular de fragmentos específicos de DNA.
Hamilton O. Smith e Daniel Nathans descobrem a existência de enzimas de restrição em estudos com a Haemophilus influenzae . Essa descoberta permitiria o corte do DNA e a sua transferência entre organismos.
Stanley Norman Cohen e Herbert Boyer desenvolvem a técnica de DNA recombinante.
Roger Kornberg propõem a estrutura do nucleossoma. Markus Noll confirma a estrutura da cromatina e formação do nucleossoma.
Walter Fiers e sua equipe determinam a sequência de nucleotídios do bacteriófago MS2-RNA. Kevin Struhl clona um gene de leveduras em E. coli usando a técnica de DNA recombinante. Esse foi a primeira transferência de genes de um eucarioto para um procarioto.
Os trabalhos de Richard Roberts, Philip Sharp e Pierre Chambon revelam a existência dos introns.
Paul Berg, Walter Gilbert e Frederick Sanger desenvolvem um método para mapear a estrutura do DNA. Patentiado o primeiro organismo geneticamente modificado.
Knud Nierhaus, Hans Sternbach e Hans-Jorg Rheinberger propõem o modelo de três sítios para o acoplamento do RNAm ao ribossomo.
Humulin, medicamento produzido com a técnica de recombinação genética, tem sua venda liberada.
Kary Banks Mullis cria o termociclador (a máquina de PCR); equipamento que permitiu o desenvolvimento da técnica de PCR.
Carol Greider e Elizabeth Blackburn descobrem a telomerase.
Alec Jeffreys desenvolve o método "DNA fingerprinting".
Jeremy Nathans descobre os genes para a visão das cores.
Yoshizumi Ishino e colaboradores descrevem em E. coli o sistema CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats; Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas).
Thomas Cech descobre que o RNA pode catalizar reações químicas. Francis Collins e Lap-Chee TsuiThe sequenciam o gene causador da fibrose cística humana.
Início do projeto Genoma Humano. William French Anderson e colaboradores iniciam o primeiro teste de terapia gênica em humanos.
Início do cultivo de plantas transgênicas.
O genoma da bactéria Haemophilus influenzae é sequenciado. Esse é o primeiro genoma sequenciado de um organismo de vida livre.
Alexander Rich descobre o DNA-Z, um tipo de DNA que pode se associar ao processo de transcrição. Saccharomyces cerevisiae, uma levedura, é o primeiro eucarioto com o genoma sequenciado. Shiv I.S. Grewal e Amar J.S. Klar relatam a possibilidade de herança epigenética em leveduras.
Ian Wilmut e colaboradores apresentam Dolly, uma ovelha clonada. Timothy Richmond e colaboradores determinam a estrutura do nucleossoma.
Caenorhabditis elegans, um eucarioto multicelular, tem seu genoma sequenciado.
É apresentada a sequência completa do genoma da mosca Drosophila melanogaster. Arabidopsis thalian é a primeira planta a ter seu genoma sequenciado.
Clonado o primeiro animal de estimação, uma gata que recebeu o nome de Copycat. Sydney Brenner, John Sulston e Robert Horvitz identificam genes-chave na regulação gênica do desenvolvimento de órgãos e da morte celular programada em C. elegans.
O projeto Genoma Humano é finalizado. 99% do nosso genoma foi sequenciado com precisão de 99,99%. Karin Buiting e colaboradores relatam a existência de herança epigenética em humanos.
George Church e colaboradores armazenam arquivos digitais em moléculas de DNA, os arquivos incluiam uma página HTML com 53.400 palavras, 11 imagens jpg e um programa em JavaScript.
Microsoft inicia experimentos para armazenar dados binários em moléculas de DNA.
Graham, Marians e Kowalczykowski mostram que as duas fitas que formam a molécula de DNA são replicas independe e aleatoriamente pela DNA polimerase.
Lee Organick e colaboradores armazenam, e recuperam com rapidez e precisão, 200MB de informações em moléculas de DNA. O armazenamento incluiu arquivos de texto e de imagem.