Você está aqui: Página Inicial > Notícias da Ufac > 1ª Semana de Combate à LGBT Fobia começa na Ufac
conteúdo

1ª Semana de Combate à LGBT Fobia começa na Ufac

por Ascom02 publicado 19/05/2016 09h26, última modificação 19/05/2016 09h26

Em alusão ao Dia Internacional de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, celebrado nesta terça-feira, 17, a Universidade Federal do Acre (Ufac) realiza, até a próxima sexta-feira, 20, a 1ª Semana de Combate à LGBT Fobia, com o tema “Tire seu preconceito do armário e venha colorir a Ufac”. A solenidade de abertura do evento foi feita na noite dessa segunda-feira, 16, no quiosque das Capivaras.

Organizada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), a programação nasceu da esperança de valorização da pauta de criminalização da LGBT fobia como um novo passo na trajetória de afirmação da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres transexuais e homens trans. “Nós vivemos uma sequência de fatos chocantes ligados à morte de homossexuais, mas que, infelizmente, não são novidade”, disse o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Antonio Pontes Junior, que representou o reitor Minoru Kinpara na ocasião. “É preciso discutir esse problema; que bom que teremos uma semana inteira para isso. Seguimos atentos e firmes na busca por uma universidade livre de atitudes não condizentes com a afirmação de direitos.”

Recentemente, a Ufac reconheceu o direito de estudantes travestis, transexuais e transgêneros da instituição serem reconhecidos pelo seu nome social, aquele escolhido com base em suas identidades de gênero, e não apenas pelos nomes no registro civil, como acontecia antes. A decisão vale para toda documentação interna da universidade e segue a orientação de uma resolução da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal.

Para o coordenador do Grupo Arigó de Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero, Daniel Lopes, a afirmação da cidadania LGBT requer uma construção urgente de marcos legais e institucionais capazes de definir, proteger e promover direitos.  “Esse evento na universidade concretiza-se como um marco histórico”, destacou. “Pretos, pobres e gays estão nas universidades e a academia precisa reconhecer e garantir direitos. Esse é um tipo de programação que cria uma visibilidade de que a comunidade LGBT precisa.”

Representando a Ordem dos Advogados do Brasil do Acre (OAB-AC), a presidente da Comissão de Direitos Humanos da ordem, Isabela Fernandes, destacou a importância da criação de mecanismos de estímulos à conscientização da sociedade a favor do exercício da tolerância.

“A comissão existe para intervir a favor de uma minoria que é oprimida. Esse é um papel que cumprimos sem, necessariamente, gostar. Ninguém gosta de intervir em prol de um direito que já existe e que foi desrespeitado”, frisou Isabela. “Por isso, é importante investir em campanhas de conscientização. A comissão se coloca à disposição, enquanto defensora da lei, para trabalhar, também, em relação à tolerância, consciência e respeito ao próximo.”

O coordenador do evento, Charles Brasil, ressaltou que a afirmação de direitos é uma das formas mais efetivas de avanço rumo a uma sociedade verdadeiramente democrática. “O direito não pode tapar os olhos para essa realidade social aí posta; a comunidade acadêmica não pode ficar de fora dessa discussão”, opinou. “Precisamos envolver o conhecimento científico com os demais segmentos para propormos uma sociedade desprovida de qualquer preconceito.”

Postado em: 19/5/2016