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6º fórum de reitores do Norte discute desafios das universidades federais

por Ascom02 publicado 26/08/2016 12h35, última modificação 26/08/2016 12h33

Reitores e representantes de oito universidades do Norte do país reuniram-se nesta quinta-feira, 25, no recém-inaugurado Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac) para realização do 6º Fórum de Reitores das Instituições Federais de Ensino Superior da Região Norte.

Entre os temas discutidos, estiveram o marco legal do Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento da Amazônia, os desafios da fixação de doutores na região, especialmente em áreas mais distantes das capitais, e a interiorização das universidades através da chamada multicampia, a fundação de campus além da sede.

“Estamos passando por um momento delicado na política e na economia, o que traz consequências diretas às universidades federais. Precisamos estar organizados e preparados para defender o ensino público na nossa região”, destacou a vice-reitora da Ufac e presidente da Comissão Local do 6º fórum, Guida Aquino. “Estamos no interior da Amazônia. Por isso, formar e manter pesquisadores aqui é fundamental para o desenvolvimento da região.” Atualmente, a Ufac oferta seis programas de doutorado próprios.

Na abertura do fórum, o reitor da Ufac, Minoru Kinpara, ressaltou a importância da reunião para definição dos rumos da educação superior na região. “Aqui, teremos condições de, coletivamente, discutir métodos para diminuir as assimetrias regionais observadas hoje”, disse. “Precisamos encontrar meios de produzir conhecimento em forma de resposta aos problemas da nossa sociedade. Os desafios são enormes, mas é preciso seguir adiante.”

Para a presidente do Fórum de Reitores da Região Norte, reitora da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Eliane Superti, as universidades estão passando por um momento instável. “Não sabemos exatamente quais os reflexos da crise política e econômica pela qual o país passa, mas já sentimos algumas consequências, especialmente no que diz respeito ao contingenciamento de recursos, o que, evidentemente, impacta em projetos já em andamento, como o de multicampia, por exemplo”, lembrou.

Programação

A primeira parte do 6º Fórum constou da apresentação do reitor da Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), professor Renato Francês, que trouxe aos demais gestores o relato sobre a experiência de desenvolvimento da chamada Rede Amazônica de Pesquisa Interdisciplinar, um projeto de ações em ensino, pesquisa, extensão e gestão que visa à ampliação e potencialização de pesquisa e pós-graduação.

Ele também abordou a realização de diagnósticos; o estabelecimento de cooperações nacional e internacional; a elaboração de projetos de laboratórios e infraestrutura multiuso; a tecnologia da informação e comunicação; a extensão universitária; e a inovação e transferência de conhecimento, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto Federal do Pará (IFPA) e Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

Pela tarde, o diretor substituto de Programas e Bolsas no País, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Adalberto Grassi Carvalho, tratou das estratégias específicas para a região Norte e fez uma avaliação, com exibição de dados dos programas de pós-graduação da Capes, no sentido de saber qual o impacto que tiveram na região. Segundo Grassi, o objetivo é saber quais programas são prioritários e imprescindíveis para a região. “Ao mesmo tempo em que se faz uma avaliação dos programas que deram certo, também apontamos possíveis adequações ou criação de novos programas”, afirmou.

Postado em: 26/8/2016