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Alunos da Ufac criam Laboratório de Imprensa durante 5º Festival Pachamama

por Ascom-01 publicado 29/10/2014 14h20, última modificação 29/10/2014 14h20

Neste ano, a Universidade Federal do Acre (Ufac) participa, pela segunda vez, do Festival Pachamama: Cinema de Fronteira. O diferencial é que, agora, para ampliar a integração da comumidade acadêmica com o festival, alunos do 3º e 7º períodos do curso de Comunicação Social-Jornalismo estão encarregados da produção e divulgação de oficinas e mostras que acontecem no campus, além de responsáveis pela cobertura do evento.

“Essa parceria entre o Festival Pachamama e a comunidade acadêmica oportuniza a qualificação profissional em diferentes áreas, a troca de conhecimento, além da fruição crítica e o exercício de práticas profissionais ligadas ao campo da comunicação e do cinema”, explica Giselle Lucena, professora de Redação Jornalística e responsável pela iniciativa. “Além disso, essa interação entre produtores culturais e diretores locais, nacionais e de outros países latinos pode gerar possibilidades políticas, econômicas, culturais e sociais.”

O Festival Pachamama teve sua primeira edição em 2010, buscando promover a integração cultural e amazônica entre Brasil, Peru e Bolívia, a tríplice fronteira acriana, com a criação de uma rede de produtores e consumidores de produtos e serviços multiculturais. Ao longo desses cinco anos, ampliou suas fronteiras e, nesta edição comemorativa, traz filmes de diversos países da América Latina (México, Cuba, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela), contemplados em diversas mostras.

Em 2013, a programação do festival incluiu o campus da universidade entre os espaços para exibição e debate de filmes. Além disso, já em 2014, durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi realizado o “Cinema no Lago”, como parte da programação da SBPC Cultural, também uma ação do Festival Pachamama, com o propósito de ocupar espaços alternativos da Ufac.

Na edição deste ano, para despertar ainda mais o interesse pelas potencialidades do audiovisual, os alunos de Jornalismo vão realizar um exercício prático de cobertura, produção de notícias, reportagens e críticas cinematográficas. Este será o Laboratório de Imprensa, espaço ligado à página oficial do festival, no qual será publicado todo o material produzido pelos discentes. A produção pode ser conferida no site: http://cinemadefronteira.com.br/.

Além de laboratório para a disciplina de Redação Jornalística, professores responsáveis pelas disciplinas de Linguagem de Vídeo, Fundamentos de Cinema e Produção e Difusão em Telejornalismo também aproveitam o Festival para mostrar, na prática, aquilo que ensinam em sala de aula. Assim, já como fruto dessa parceria, uma parte da programação do festival é destinada especialmente aos alunos de jornalismo. Oficinas de Crítica de Cinema, de Linguagem e Roteiro de Vídeo, e de Produção Cultural devem atender cerca de 60 alunos do curso.

A primeira oficina, a de Crítica de Cinema, aconteceu nos dias 25 e 27, com Marcelo Cordero, diretor e empresário boliviano, um dos idealizadores e responsáveis pela programação do festival. Com apresentação de filmes, leitura e debates, os dois dias da oficina servirão de base para a produção de resenhas críticas dos alunos do 7º período sobre as películas apresentadas durante o festival.

 

Filme, oficina e muito diálogo

Além da exibição de filmes e debate com produtores e críticos, a programação do festival conta com oficinas e rodas de conversa com temas diversos. As atividades serão realizadas, simultaneamente, de 9 a 15 de novembro, em diferentes lugares, como Cine Teatro Recreio, Teatro de Arena do Sesc, Biblioteca Pública, Usina de Arte João Donato, Ufac, além de bairros como São Francisco, Alto Santo, entre outros.

São 11 diferentes mostras, cada uma com uma determinada temática, como a Mostra Cinema pela Democracia: Audiovisual em Rede, que abre espaço para imagens e registros do período de manifestações populares nas ruas de todo o Brasil, a partir de junho de 2013. Há também a Mostra Danilo de S’Acre, que exibirá filmes do artista acriano.

As rodas de conversa buscam debater temas da cadeia audiovisual: produção de filmes de baixo orçamento, formação de rede de realizadores latino-americanos, mecanismos de financiamento, entre outros. As oficinas, neste mesmo aspecto, têm como temas a produção executiva e desenvolvimento de projetos, cinema comunitário, cinema bruto, entre outros.

A programação completa será lançada nesta quinta-feira, 30, às 9h, no Cine Teatro Recreio.

 

Cinema na Ufac

A mostra de filmes na Ufac acontece no período de 10 a 14 de novembro, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sempre às 19h. Entre os filmes da programação, destacam-se as obras de Eduardo Coutinho, cineasta brasileiro falecido neste ano, considerado um dos mais importantes documentaristas da atualidade. “Cabra Marcado pra Morrer” será exibido no dia 12 e “Jogo de Cena”, no dia 14.

A Mostra Campusano também se faz presente na universidade, com a apresentação do filme “Fantasmas de La Ruta”, filme baseado numa série televisiva sobre o tráfico de mulheres, que conta a história de uma jovem de 19 anos sequestrada e obrigada a  prostituir-se. A obra é de autoria do diretor argentino José Celestino Campusano que, além de homenageado pelo festival, ministra a oficina Cine Bruto nos dias 12 e 13 de novembro, às 14h, na sala ambiente do curso de Ciências Sociais, como forma de dividir suas experiências sobre um trabalho que não visa à transformação do ambiente, mas seu registro e entendimento.

 

Postado em: 29/10/2014