Dissertação de mestrado estuda o discurso sobre o 'Acre (não) existe'

A professora Giselle Xavier d’Ávila Lucena é a mais nova mestra do curso de jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac). Em fevereiro deste ano, ela apresentou sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social: Interações Mediatizadas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob a orientação do doutor José Márcio Barros.

Intitulada “O Acre (não) Existe: um estudo sobre identidade, memória e midiatização”, a dissertação de Giselle Lucena analisa como uma representação negativa a respeito do território acreano é reproduzida por meio de processos interativos midiatizados. Nesse sentido, afirma Giselle, “é possível afirmar a existência de uma descontextualização da história do Acre, resultante das dinâmicas de produção e distribuição midiáticas”.

Giselle Lucena construiu sua dissertação em três capítulos. No primeiro deles, a ênfase se dá em torno dos temas da identidade, da memória e da reinvenção das midiatizações. No segundo capítulo, o trabalho enfoca as questões relativas à história antiga e recente do Acre. E no terceiro capítulo é procedida a apresentação das diversas ferramentas virtuais, bem como a análise dos respectivos conteúdos veiculados.

Ao final, entre outras conclusões, Giselle Lucena garante que “o processo de ocupação e definição espacial dos territórios acreanos se somaram aos processos midiatizados e cristalizaram uma experiência de negação. Afinal, as narrativas que delineiam a história do Acre nos fazem imaginar a recusa, o descaso e a irresponsabilidade com que o governo brasileiro o tratou em muitas e diferentes ocasiões”.

O texto completo da dissertação pode ser consultado na Biblioteca Central da Ufac.

Postado em: 29/4/2014