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Exposições abrem o primeiro dia do 8º Simpósio de Letras da Ufac

por Ascom-01 publicado 03/11/2014 17h28, última modificação 03/11/2014 17h28

Credenciamento, abertura da sessão permanente de pôsteres e abertura da exposição “Palavras e imagens em cartazes: memórias descartáveis” marcaram a manhã do primeiro dia do 8º Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental e do 7º Colóquio Internacional As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia, na Universidade Federal do Acre (Ufac), que ocorre de 3 a 7 de novembro.

A sessão de pôsteres, localizada na entrada do Anfiteatro Garibaldi Brasil, é o espaço onde alunos, técnicos e colaboradores podem expor trabalhos e projetos. Cerca de oito trabalhos estão sendo apresentados. Os banners ficarão expostos até sexta-feira e estará aberta ao público das 8h às 17h.

O técnico da Ufac, Valdo Melo, apresentou um projeto sobre a formação continuada de docentes com o suporte da educação a distancia. A proposta é procurar estratégias para facilitar o ensino de educação a distancia tanto para alunos quanto para professores, sensibilizando os docentes a utilizarem uma linguagem menos formal para que os alunos possam compreender mais os conteúdos abordados.

Exposições abrem o primeiro dia do 8º Simpósio de Letras da Ufac

Com o objetivo de dar mais visibilidade ao projeto de ensino da memória indígena em escolas públicas do Acre, a aluna de História Licenciatura, Michele Lima se inscreveu para ser uma das expositoras do Simpósio em Letras.

“O ensino da memória indígena no Acre é tratado de forma muito superficial, não existe material didático e para complementar o ensino na escola, usamos a história oral, levamos indígenas para contarem suas histórias, a proposta levar em questão como que a memória indígena está posta no livro didático e a importância da história oral no resgate da memória. O simpósio é um bom lugar para divulgar o que está sendo feito com relação aos povos indígenas”, disse a estudante.

Exposição “Palavras e imagens em cartazes: memórias descartáveis”

Uma coleção de cartazes recolhidos ao longo de 35 anos pelo professor da Ufac, Gerson Albuquerque, gerou a exposição “Palavras e imagens em cartazes: memórias descartáveis”.  Dos 500 cartazes da coleção, cerca de 120 foram escolhidos para estabelecer um diálogo de múltiplas faces, o mais antigo data de 1979.

Segundo o professor Gerson Albuquerque a ideia é traçar um suporte do que é efêmero, ou seja, algo que vira lixo e que depois pode vir a se tornar memória. “Se olharmos os cartazes quase nenhum tem o ano, tem o dia, o mês, mas não tem o ano. Não nos preocupamos em datá-los para que esse diálogo venha à tona. De repente ele fica obsoleto enquanto data, mas as pessoas vão dialogar com a imagem, com a fotografia, com o tipo de cartaz”, explica.

Exposições abrem o primeiro dia do 8º Simpósio de Letras da Ufac

O professor conta que adquiriu o gosto por colecionar do pai, mas que somente na década de 80, quando fundou a União da Juventude Socialista do PCdoB no Acre , juntamente com uma amiga que colecionava cartazes, que passou a reunir cartazes com o intuito de juntá-los depois, algo que nunca aconteceu.

Para Albuquerque, a exposição é um debate com a história, com a comunicação, com o designer, com a arte. “Mas existe uma leitura ideológica nos cartazes, pois são originários de movimentos sociais. Teve um pouco dessa minha militância, desde quando eu nasci politicamente”, declarou.

“Estou achando a exposição incrível, não imaginava que tinham acontecido todos esses movimentos sociais no Brasil e no Acre. É realmente um trabalho de resgate da memória e é importante relembrar, partindo de algo que aparentemente era inútil. Realmente me surpreendi”, falou o estudante de Letras- Francês da Ufac, Jackson Dias.

 

Postado em: 3/11/2014