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Grupos de trabalho reúnem pesquisadores de vários estados do Brasil no 8º Simpósio de Letras

por Ascom-01 publicado 05/11/2014 16h20, última modificação 05/11/2014 16h20

Durante a programação do 8º Simpósio “Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental” e do 7º Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia”, que ocorre de 3 a 7 de novembro, na Universidade Federal do Acre (Ufac), Grupos de Trabalho (GT) se reúnem para compartilharem projetos de diversas temáticas com pesquisadores de todo país.

“Memória, cultura e literatura: relações entre Amazônia e África” é o GT mediado pela professora e pesquisadora, Divanize Carbonieri, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Segundo a professora o grupo foi idealizado justamente para promover uma aproximação entre as literaturas da Amazônia e as literaturas africanas.

Pesquisadoras de Rondônia e do Mato Grosso participaram desse GT, na manhã desta quarta-feira, 5. Temas como “O jardim de Astrid Cabral: antropomorfização ou alteridade vegetal?”; “O mito Cinta-Larga e a experiência radical da alteridade animal: reflexões iniciais”; “Silêncio e memória: rupturas e revelações em Belodev (1987) de Toni Morrison” e “Hibridismo e Identidade em A Question of power de Bessie Head”, foram apresentados e posteriormente discutidos pelas participantes.

“Tentamos verificar temas que fossem semelhantes, porque não é uma questão de homogeneização das literaturas, até porque não seria possível, mas era uma tentativa de colocar em contraponto essas literaturas que retratam situações tão diferentes mas que tem uma identidade”, explicou Carbonieri.

Para a pesquisadora Divanize os GTs servem para o compartilhamento de ideias e para a democratização do pensamento. “Evitar o preconceito, esse é o objetivo desse GT, pois estamos em busca da quebra da hierarquização da literatura, pois não existe literatura melhor ou superior às outras”, afirmou.

Carbonieri destacou ainda que o estudo das diferentes literaturas possibilita a discussão e os contrapontos do assunto. A professora acredita que a temática vai ajudar na formação dos profissionais de letras e incentivará a quebra dos preconceitos com as literaturas, para que possam compartilhar as vozes desses povos silenciados.

Raiane Girard que está finalizando a graduação em Letras/Português com ênfase em Literatura, na Universidade Federal de Rondônia (Unir), desenvolve uma pesquisa há três anos sobre a relação do homem e do animal a partir da visão de um autor indígena. Para a estudante o simpósio de letras no Acre é uma oportunidade importante para a divulgação da pesquisa.

“A proposta do nosso trabalho é apresentar o desenvolvimento da nossa pesquisa em eventos tanto dentro do nosso estado quanto fora. E como é difícil encontrar eventos na região norte que possibilitem esse diálogo, principalmente na minha área, que é a discussão indígena. O simpósio em letras da Ufac oferece o espaço que eu preciso, não é qualquer lugar que eu posso me apresentar, pois tem a questão do enquadramento com a temática do evento”, disse Girard.

Outros 10 grupos de trabalho ocorrem simultaneamente durante o evento. De acordo com a programação as discussões ocorrerão até 6 de novembro em salas da universidade.

 

Postado em: 5/11/2014