Pesquisa financiada pela Nasa estuda os efeitos da seca na floresta amazônica

Pesquisa conjunta desenvolvida pela South Dakota State University (Estados Unidos) e a Universidade Federal do Acre (Ufac) estuda, desde março deste ano, a vulnerabilidade e respostas de florestas fragmentadas à seca na Amazônia. Especificamente a pesquisa, coordenada pelo professor Izaya Numata, da instituição americana, se concentra em áreas dos estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia. O trabalho é desenvolvido em parceria com os pesquisadores Mark Cochrane e Jeppe Kjaergarrd, da South Dakota State University e pela professora da Universidade Federal do Acre (Ufac/Cruzeiro do Sul), Sonaira Souza Silva.

Com atividades previstas até fevereiro de 2017, a pesquisa, de acordo com o professor Izaya, espera determinar como esse tipo de vegetação reage nos anos em que acontece em maior proporção o fenômeno da seca. “Existe uma variação na vulnerabilidade da floresta, no que diz respeito à relação entre a borda e o interior. Nós pensamos em determinar, com o máximo de precisão, qual é essa vulnerabilidade”, disse Izaya.

“Nós pensamos que os fatores importantes para atender os objetivos da pesquisa são, em primeiro lugar, a distância e idade da borda ao interior da floresta, o tamanho do fragmento estudado, a intensidade e a frequência dos eventos da seca. O que vai nos dar condição de confirmação das hipóteses são os dados de campo e imagens de satélite que serão coletadas e analisados durante o trabalho”, explicou Izaya.

O projeto, cujo valor total chega à casa dos 600 mil dólares, é totalmente financiado pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), agência do governo norte-americano responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial.

Postado em: 18/8/2014