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Professor do CAP apresenta teoria sobre transcriação em congresso internacional

por Ascom02 publicado 25/09/2014 12h00, última modificação 25/09/2014 12h00
Reginâmio Bonifácio participou do 4º Congresso Internacional de História, em Jataí-GO

O professor de História do Colégio de Aplicação (CAP) da Universidade Federal do Acre (Ufac), Reginâmio Bonifácio de Lima, apresentou na tarde desta quarta-feira, 24, sua teoria sobre o método utilizado para o tratamento textual dos relatos em pesquisas da história oral. O trabalho, intitulado “Estudos Culturais e Literatura Oral: do planejamento à transcrição, textualização e transcriação”, foi uma das várias atrações do 4º Congresso Internacional de História: Cultura, Sociedade e Poder, que ocorre até esta quinta-feira, 25, na cidade de Jataí-GO.

O congresso, que reúne pesquisadores que se debruçam sobre a análise dos séculos 20 e 21, tem como objetivo discutir trabalhos que abordam temas relacionados à cultura, sociedade e poder na história contemporânea, com destaque para reflexões sobre o Eixo Sul: África, Ásia e América Latina.

A respeito da teoria da transcriação apresentada no evento, Reginâmio informou que foi elaborada quando cursava o mestrado em Letras: Linguagem e Identidade, sob orientação da professora Margarete Edul Lopes. A pesquisa, que resultou na publicação do livro “Memórias de Velhos: sobre Terras e Gentes”, conta a história do Acre por meio de outros olhares que não os dos documentos oficiais.

O professor do CAP falou sobre a importância de seu trabalho. “A teoria tem como objetivo possibilitar a construção de paradigmas capazes de influir diretamente na constituição de ‘corpus’ das pesquisas realizadas a partir de relatos orais”, explicou. “Além disso, possibilitará que conhecimentos tradicionais de populações que ainda tem a oralidade como marca principal para a transferência de informações a gerações futuras possam ser coletados, sistematizados e melhor aproveitados para conhecimento da sociedade.”

Reginâmio conta também que as entrevistas coletadas durante as atividades orais passaram por três etapas: a transcrição, que é a primeira versão escrita dos depoimentos (nela se busca reproduzir fielmente tudo o que foi dito sem recortes ou acréscimos); a textualização, na qual se omite o entrevistador e se afere ao narrador a titularidade das narrativas; e a transcriação, em que o texto é recriado a ponto de ser coerente e fazer sentido para o leitor que não teve acesso ao diálogo inicial.

Para mais informações sobre o congresso, clique aqui.

Postado em: 25/9/2014