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Professora da Ufac publica artigo na revista Scientific Reports da Nature

por glauco publicado 16/09/2015 14h05, última modificação 16/09/2015 14h22
Trabalho investiga a associação dos horários de trabalho e padrões de exposição à luz com o ciclo vigília-sono em trabalhadores da Reserva Extrativista Chico Mendes

A professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre (Ufac), SuleimaVasconcelos, publicou recentemente artigo intitulado Sleep patterns in Amazon rubber tappers with and without electric light at home, na revista na Scientific Reports (revista Open Access da Nature).

O artigo investiga a associação dos horários de trabalho e padrões de exposição à luz com o ciclo vigília-sono em trabalhadores da Reserva Extrativista Chico Mendes. Este é primeiro estudo realizado em uma população com história fótica e origem étnica semelhante. A pesquisa foi realizada em uma grande população de seringueiros que vivem e trabalham em uma área remota da floresta amazônica brasileira. Os padrões de sono de trabalhadores que vivem sem eletricidade foram comparados com aqueles com eletricidade em casa.

“Além da luz natural, a sociedade é exposta à iluminação artificial (elétrica). Porém, os estudos que avaliam o impacto da exposição à luz elétrica no sono e sua relação com os horários de trabalho são raros devido à presença ubíqua de eletricidade”, explica a professora Suleima.

O estudo ressalta que o acesso à eletricidade teve impacto sobre o sono, tanto em relação à duração quanto aos horários de dormir (a iluminação elétrica também atrasou o início do sono). Seringueiros com luz elétrica em casa dormiam significativamente menos nos dias de trabalho do que aqueles sem eletricidade (30min menos por dia o que equivale a uma perda de sono de 2,5 h/semana). A restrição de sono têm sido associada a problemas de saúde como obesidade e diabetes tipo 2.

“Estudar as comunidades em seu ambiente natural sem eletricidade nos ajudará a entender melhor sincronização do sistema de temporização circadiano pelo ciclo claro/escuro natural e do impacto da luz elétrica artificial no sono e qualidade de vida”, finaliza a pesquisadora.

O estudo contou com a colaboração professora Claudia Moreno da Universidade de São Paulo; da professora Debra Skene da Universidade de Surrey; do professor Arne Lowden da Stockholm University; da professora Benita Middleton da Universidade de Surrey; do professor Fernando Louzada da Universidade Federal do Paraná; da professora Elaine Marqueze da Unisantos e da professora Frida Fischer da Universidade de São Paulo.

O trabalho contou com o apoio da Ufac, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da University Global Partnership Network (UGPN) e da Universidade de Surrey.

Confira o artigo completo aqui: http://bit.ly/1FNnk6T