Professores da Ufac recebem ‘Prêmio Tecnologia Social’ do Banco do Brasil
A Fundação do Banco do Brasil concedeu o "Prêmio Tecnologia Social” ao projeto “Manejo Florestal Comunitário do Cacau Nativo do Purus”, coordenado pelos professores de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre (Ufac), Ecio Rodrigues e Nei Braga Gomes.
A cerimônia de entrega aconteceu na agência 071 do Banco do Brasil e contou com a presença de autoridades da instituição e da vice-reitora da Ufac, Guida Aquino. Os professores receberam o certificado de premiação.
O Banco de Tecnologias Sociais é uma base de dados que contempla informações sobre as tecnologias sociais certificadas no âmbito do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Ele apresenta soluções para demandas sociais, desenvolvidas por instituições de todo o país, que podem ser consultadas por tema, entidade executora, público-alvo, região, unidade federativa etc.
As informações sobre as tecnologias sociais abrangem o problema solucionado, a solução adotada, a forma de envolvimento da comunidade, os municípios atendidos, os recursos necessários para implementação de uma unidade da Tecnologia Social, entre outros detalhamentos.
O “Manejo Florestal Comunitário do Cacau Nativo do Purus” surgiu em 2007, quando os produtores extrativistas de cacau nativo, localizados nas margens do rio Purus, no trecho entre Sena Madureira, no Acre, e Lábrea, no Amazonas, se depararam com um grande e especial desafio: a empresa alemã Hachez fechou um contrato de compra de todas as nove toneladas produzidas e tinha demanda para 40 toneladas, desde que o cacau fosse nativo.
O desafio era quadruplicar a produção sem poder apelar para a solução usual da domesticação e do cultivo, pois o diferencial do chocolate produzido pela empresa era que a semente de cacau era selvagem, primitiva e original.
A solução apontada pelos engenheiros florestais da Ufac se orientou para a necessidade de se elaborar um plano de manejo florestal comunitário para o cacau nativo do Purus. Um documento que serviria a dois fins específicos: orientar os mais de 500 extrativistas associados a cooperar, a como proceder em todo processo produtivo empregando inovações tecnológicas, que permitiriam alcançar a produtividade demandada pela empresa; e possibilitar o licenciamento ambiental da atividade, junto aos órgãos de controle e monitoramento da produção florestal na Amazônia.
Postado em: 8/11/2013