Reserva Florestal Humaitá é totalmente revitalizada

O reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Minoru Kinpara, entregou na manhã desta sexta-feira, 23, os serviços de revitalização da Reserva Florestal Humaitá (RFH), localizada no município de Porto Acre. A solenidade de inauguração contou com a presença de servidores, representantes da administração superior e autoridades locais.  Os trabalhos garantiram melhorias de acesso e infraestrutura ao local que atende pesquisadores das mais diversas áreas.

A obra de revitalização nasceu do compromisso da administração superior com o Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN). Apesar de abrigar diversas atividades de ensino e pesquisa nas últimas duas décadas — com destaque para o desenvolvimento de trabalhos de monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado —, o espaço sofria com a falta de manutenção e sucumbia à ação do tempo.

“Essa é a terceira vez que visito a reserva florestal. Na última delas, vimos de perto a dificuldade de estudantes e professores para levarem adiante suas pesquisas. A casa de apoio apresentava problemas graves de estrutura e ainda assim permanecia em uso, o acesso de carro estava impraticável e a rede elétrica completamente comprometida”, recordou com pesar o reitor. “Hoje, a realidade é outra e o sentimento não poderia ser outro, senão o de dever cumprido.”

Iniciados em agosto deste ano, os serviços incluíram a construção de uma casa de apoio com três quartos (equipadas com nove camas e colchões), redário, dois banheiros, uma dispensa e uma sala/cozinha; a reabertura de três quilômetros de ramal (com instalação de 40 metros de bueiros) e a construção de um pórtico de entrada. Foram adquiridos, ainda, uma antena parabólica, uma televisão de 42 polegadas, cinco ventiladores e um transformador de energia. “Para a execução da obra, utilizamos recursos oriundos da Prefeitura do Campus e contamos com apoio da prefeitura de Porto Acre”, destacou Kinpara.

Reserva Florestal Humaitá

A RFH possui área total de aproximadamente 2 mil hectares. O fragmento é circundado pelo Projeto de Assentamento Humaitá, por pequenas fazendas e pelo rio Acre. Composta por uma cobertura vegetal de floresta aberta com bambu e floresta aberta com palmeira, a RFH representa uma parte da floresta nativa regional importante tanto para a conservação quanto para pesquisa científica em diversas áreas.

Nos últimos sete anos, o local tem acolhido pesquisas integradas, envolvendo a participação de pesquisadores da própria Ufac e de outras instituições de ensino ou pesquisa do Brasil e do exterior, como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), University of Exeter (Inglaterra), New York Botanical Garden (EUA) e University of Florida (EUA). Mais recentemente, a RFH abriga estudos do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Rede Amazônica de Inventários Florestais (Rainfor), bem como parcelas permanentes  de monitoramento de área de queimadas e projetos de mestrado.

“Não podemos estar alheios à sensibilidade da instituição em identificar a importância desse espaço não apenas para o CCBN, mas para toda a universidade. Sem dúvida, a partir desse investimento, conseguiremos alavancar nossos resultados, trazendo mais recursos e convênios para a Ufac e fazendo aquilo que é nossa função fazer. Produzir conhecimento”, disse o diretor do CCBN, Carlos Eduardo Garção.

Mais investimentos

No início do mês, a Ufac inaugurou, também, as obras de revitalização de outro importante espaço de pesquisa: a Fazenda Experimental Catuaba.

Distante 25 quilômetros de Rio Branco, o espaço recebeu serviços de manutenção das duas casas existentes na área; reabertura de 3,6 quilômetros de ramal; manutenção de criadouros de animais e do mirante; instalação de 50 metros de bueiros; troca da roda d’água; pórtico de entrada; aquisição de 12 camas e colchões; aproximadamente 800 metros de cerca em alambrado e ripões; implantação de rede elétrica em toda a extensão do ramal com três transformadores de energia.

“Investir no Catuaba e no Humaitá é investir em ensino, pesquisa e extensão. Temos uma grande floresta ao nosso redor e precisamos saber utilizá-la a nosso favor. Estamos mostrando aqui que é possível garantir melhores condições de trabalho para nossos pesquisadores e o retorno é consequência para a instituição”, avaliou a vice-reitora Guida Aquino.

Postado em: 23/10/2015

(Ascom-Ufac)