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Resultado de estudos na Ufac descarta neve durante frente fria no Acre

por Ascom-01 publicado 26/07/2013 08h45, última modificação 26/07/2013 16h03

A queda brusca de temperatura sentida pela população acriana tem uma explicação, como esclarece o coordenador do Grupo de Estudos e Serviços Ambientais (Acrebioclima) da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alejandro Fonseca Duarte.

Segundo ele, há uma forte massa de ar vinda especificamente do Polo Sul (nem todas as massas que atingem o Acre são oriundas de lá), da Patagônia e Sul da Patagônia, onde a temperatura é de 30 graus negativos. Essas massas de ar são empurradas por uma alta pressão atmosférica, vindo na direção da parte sul da América Latina, atingindo o Brasil nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, na sua parte ocidental. Tal fenômeno pode acontecer durante breve ou longo período de tempo.

“Há mais de 40 anos não nevava em Curitiba e isso ocorreu dois dias atrás”, explicou Duarte. “Nevou devido à forte massa de ar”. Para ele, há anos que a temperatura não baixava dessa forma no Acre, mas não há registro de temperatura crítica que possa ter ocasionado neve ou fenômeno parecido. “O que poderia acontecer de mais incomum é termos chuva de granizo”, observou. “Isso não é improvável, mas não se tem nada registrado a respeito de neve no Estado”.

Parcerias com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros, e monitoramento constante das nove estações climatológicas no Estado permitem observar as oscilações de temperatura e as mudanças climáticas regionais.

A menor temperatura desde quarta-feira, 24, chegou a 7,5 graus, como registrou estação localizada na rodovia Transacreana na madrugada desse dia. Aproximadamente às 9h dessa quinta-feira, 25, foi registrado 9,1 graus. A frente fria diminuiu e a temperatura na região começa a voltar ao normal.