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Fernando Gabeira apresenta seminário ‘A paisagem depois da batalha’ na Ufac - Transmissão ao vivo neste sábado das 9h às 13h. Veja aqui a transmissão

por Ascom02 publicado 13/07/2013 00h00, última modificação 15/07/2013 07h06

A Universidade Federal do Acre (Ufac) apresenta neste sábado, 13, das 9h às 13h, no Teatro Universitário, a palestra “A paisagem depois da batalha”, com Fernando Gabeira. O evento é uma realização do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), em parceria com a Fundação Verde Herbert Daniel.

Fernando Gabeira, escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro (1998-2010), nascido em 1941, é mineiro de Juiz de Fora e carioca por opção desde 1963. É pai de duas filhas: Tami e Maya.

Destacou-se, como jornalista, logo no início da carreira, na função de redator do "Jornal do Brasil", onde trabalhou de 1964 a 1968. Os colegas de redação diziam que o estilo marcante dos textos de Gabeira podia ser reconhecido até em bilhetes. No final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Foi preso e exilado.

Em dez anos de exílio, esteve em vários países. Testemunhou, no Chile, em 1973, o golpe militar que derrubou Salvador Allende. Mais tarde, retrataria a queda e o assassinato de Allende em roteiro para a TV sueca. Na Suécia, país onde viveu mais tempo durante o exílio, exerceu desde o jornalismo, principalmente na "Rádio Suécia", até a função de condutor de metrô, em Estocolmo.

Com a anistia, voltou ao Brasil no final de 1979. Nos anos seguintes, Gabeira dedicou-se a uma intensa produção literária, construindo as primeiras análises críticas da luta armada e impulsionando no Brasil temas como as liberdades individuais e a ecologia. Livros como "O que é isso companheiro?", "O crepúsculo do macho", "Entradas e bandeiras", "Hóspede da utopia", "Nós que amávamos tanto a revolução" e "Vida alternativa" apontaram novos horizontes no campo das mentalidades e colocaram na berlinda uma série de velhos conceitos da vida brasileira.

Em 1986, candidatou-se ao governo do Estado do Rio Janeiro pelo Partido Verde e inaugurou uma nova forma de militância política. Os tradicionais comícios e passeatas, sisudos e cinzentos, ganharam uma nova estética. Dois momentos culminantes foram a passeata "Fala, mulher", que coloriu a avenida Rio Branco de rosa e a cobriu de flores, e o "Abraço à Lagoa", em que milhares de pessoas deram as mãos em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas, produzindo um dos momentos de maior força simbólica e plástica da cena política brasileira.

Com informações de http://gabeira.com.br/biografia/.