Debates e exibições do Pachamama ocorrerão na Ufac

Com o objetivo de promover a pluralidade cultural entre países latinos, Rio Branco é sede de mais uma edição do Festival Internacional Pachamama, que acontece no período de 21 a 25 deste mês, sob o tema “Cinema de Fronteira para um Mundo sem Nenhuma”.

O festival é realizado desde 2010 e, a partir de 2013, passou a incluir o campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) como sede de atividades. Em sua sétima edição, a programação no campus conta com palestras, mesas-redondas e exibição de longas e curtas-metragens.

Uma das palestras será proferida pela socióloga e ativista boliviana Silvia Rivera Cusicanqui, com o tema “Sociologia da Imagem”. O evento também tem a participação de Alfonso Gumucio, cineasta, escritor e fotógrafo boliviano; Pedro Butcher, crítico de cinema do jornal “Folha de S.Paulo” e pesquisador cinematográfico; e Cezar Migliorin, professor de Cinema e coordenador do projeto Cinema, Educação e Direitos Humanos: Inventar com a Diferença. 

Atividades com convidados e sessões de filmes acontecerão em diferentes horários. A programação completa será divulgada em breve e pode ser conferida no site oficial do evento (cinemadefronteira.com.br) ou na página no Facebook (www.facebook.com/cinemadefronteira/). 

Para a coordenadora do curso de Jornalismo, Giselle Lucena, o festival oportuniza que a comunidade acadêmica se aproprie e se envolva na programação de diferentes formas. “Os filmes e as palestras tratam de questões políticas, sociais e culturais da atualidade e podem ser abordados por várias áreas profissionais”, diz.

Segundo ela, para envolver ainda mais técnico-administrativos, alunos e professores no festival, haverá o Juri Ufac, em que cinco pessoas selecionarão um filme entre os exibidos na Mostra Competitiva de Longas, para receber o Troféu Ufac. Além disso, alunos do curso de Jornalismo participarão do Laboratório de Produção e Imprensa, contribuindo para a realização das exibições e também produzindo entrevistas e matérias sobre o festival.

“O evento reúne pesquisadores, produtores, críticos e cineastas de diferentes lugares. É um momento muito rico para trocas e ampliação da nossa perspectiva não apenas sobre a cadeia produtiva do cinema, mas sobre nossas relações com outros países da América Latina”, explica a coordenadora.

Para o curador e diretor de produção do festival, Marcelo Cordero, a universidade exerce papel fundamental na manutenção do projeto. “É um lugar de encontro social, onde a comunidade pode participar das atividades de forma mais crítica e, a partir disso, estabelecer parcerias e dar outra dimensão para o alcance do projeto”, comenta. 

Serão exibidos filmes de diversos países, como Bolívia, Peru, Paraguai, Brasil, Chile, Argentina, entre outros. Além da programação na Ufac, o evento ocorre também no cineteatro Recreio, na Filmoteca da Biblioteca Pública e bairros da capital, onde serão exibidos filmes para a comunidade, de forma gratuita. Serão exibidos, ao todo, 60 filmes, entre longas e curtas-metragens.

O evento é realizado pelo governo do Estado do Acre, via Fundação Cultural Elias Mansour; Saci: Conteúdo e Movimento; Yaneramai Films, com apoio do Cinema das Ideias, Cineclube Opiniões e Ufac.

(Bruno Pacífico e Vitor Hugo Calixto, acadêmicos de Jornalismo da Ufac, sob a supervisão da professora Giselle Lucena)

Postado em: 1/11/2016