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Diálogos sobre cinema

Apresentações de Pesquisas e Experiências marcam I Semana do Cinema Possível na UFAC. Trabalhos serão publicados em e-book
publicado: 21/07/2017 17h18, última modificação: 21/07/2017 17h18

 “Em todo lugar, alguém sempre comenta sobre um filme”, a frase dita por uma das coordenadoras dos grupos de trabalhos textuais, sintetiza os dois dias de apresentações da Mostra de Trabalhos Textuais, realizada nos dias 13 e 14 de julho, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre. O encontro fez parte da programação da Semana do Cinema Possível do Acre, realizada pelo Cineclube Opiniões, promovendo o diálogo e troca de experiência entre acadêmicos, professores e público em geral.

Os trabalhos apresentados seguiam quatro diferentes linhas temáticas: Cinema, História e Memória; Cinema, Comunicação e Identidade; Cinema e Educação e Comunicações Livres. Cada grupo contou com um coordenador, fazendo a mediação e avaliação das discussões. O objetivo era conversar com as diferentes linhas temáticas incentivando a divulgação e interdisciplinaridade entre ambas.  O processo contou com 27 inscrições dentro das linhas temáticas exigidas, no entanto, os assuntos surpreenderam pela variedade e qualidade avaliam os coordenadores. 

Veriana Ribeiro, organizadora do evento, foi uma das participantes da Mostra. Ela dividiu a experiência de estar à frente de um cineclube e como é produzir audiovisual no estado, avaliou a atividade como a mais importante dentro da programação. “Estamos fazendo algo que não é feito normalmente nos eventos locais de produção, que é justamente conversar com a universidade, ouvir a universidade. Isso é importante, construímos juntos essa programação”, afirma. Ela conta também que o evento possibilitou a construção de uma bonita ponte entre a sociedade e a universidade. Rompendo com os muros da instituição, trazendo a comunidade externa e criando laços entre os diferentes públicos.

A sétima arte é interdisciplinar 

Coordenadora do GT Comunicações Livres, Giselle Lucena, professora do curso de Jornalismo comemora os resultados da Mostra. “O debate foi muito rico. A apresentação se desdobrou, houve interesse e troca. Vimos o que o Cinema realmente faz, ele une as pessoas resultando em produtivas discussões”, conta.

O ponto em comum era o Cinema, no entanto, Lucena conta que os temas foram variados dentro do debate geral e não somente conceitual. “Tivemos experiência crítica, relato cineclubista, prática de projetos etc. Foram trabalhos de diversas naturezas, mas que se envolveram e dialogaram”, revela.

Como uma ação de natureza coletiva, o ambiente serviu de espaço para reflexão relacionados a sétima arte.  No GT “Cinema e Educação”, por exemplo, foi discutido o desafio da dissociação da ferramenta como algo simplesmente a serviço do entretenimento dentro da sala de aula.  Levantando sugestões para a adaptação entre cinema e ensino.

A análise repercutiu também sobre os aspectos da qualidade das produções cientificas e acadêmicas realizados na universidade. A importância e percalços de programas, editais e iniciativas. A atuação política e influência das produções, a linguagem acessível, Integração e parcerias com produtores, pioneiros e público afins.

PUBLICAÇÃO EM E-BOOK

Todos os trabalhos apresentados durante a Mostra serão organizados e publicados em um e-book, por meio da editora Nepan, administrada por Gerson Albuquerque, professor do elo professor do curso de Mestrado em Letras – Linguagem e Identidade e líder do Grupo de Pesquisa História e Cultura, Linguagem, Identidade e Memória – GPHCLIM. Ele também participou da discussão levando a uma resenha crítica para o debate. “A editora é vinculada ao grupo de pesquisa que temos no mestrado e a ideia e justamente abrigar os trabalhos que foram produzidos na Ufac e também fora dela, dar publicidade e visibilidade para essas produções”, explica.

Para Albuquerque esse tipo de parceria consolida a editora, ampliando o grupo, visto que a pretensão não é mercadológica.  O benefício é manter contanto com os saberes, dentro e fora da universidade.  “Nós não somos detentores dos saberes e a comunidade tem muito a nos ensinar.  Esse é um momento oportuno de a comunidade ensinar a universidade as coisas boas e a gente fazer essa troca”, reitera. 

Por Andressa Mendes

Acadêmica de Jornalismo/UFAC, sob a orientação de Giselle Lucena

Foto: Ariel Lima