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Pesquisa examina farmacologia de planta amazônica

Inoculações de ‘Protium spp’ em roedores servem para experimentar característica anti-inflamatória
publicado: 20/12/2017 15h38, última modificação: 20/12/2017 15h39

Além das pesquisas ligadas à farmacologia cardiovascular, o Laboratório de Pesquisa em Fisiofarmacologia (Lapffar) da Universidade Federal do Acre (Ufac) desempenha papel importante no avanço de estudos voltados a descobertas de potencial anti-inflamatório e analgésico de espécies nativas da Amazônia. 

É o caso do breu (‘Protium spp’), planta comum na região e estudada há três anos, no laboratório, pela pesquisadora Roberta de Freitas Lopes. Egressa do curso de Ciências Biológicas da Ufac, a estudiosa deu início à pesquisa em 2014, sob orientação do professor Renildo Moura da Cunha, ao ingressar no programa de mestrado em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia.

Na ocasião, Roberta desenvolveu um estudo fitoquímico e farmacológico do extrato da espécie e, hoje, dá continuidade à pesquisa como doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia.

Para sua pesquisa, ela utiliza uma espécie de breu, encontrada apenas no munícipio de Mâncio Lima, e roedores vivos como experimentos. O estudo consiste em submeter dois grupos de ratos a uma série de testes nos quais os animais são postos em contato com agentes químicos, como formalina, carragenina e ácido acético. Meia hora antes da injeção química, entretanto, um dos grupos recebe doses do extrato de breu para então ter os comportamentos observados e comparados.

“É um trabalho minucioso e demorado. Como envolve animais vivos, existe muita influência de agentes externos”, destaca. “Então, todos os detalhes de temperatura, luz e ruído dentro do laboratório, além das questões éticas, por exemplo, precisam ser observados.”

Os primeiros dados da pesquisa já apontaram a eficiência anti-inflamatória do extrato do breu. Roberta ainda tem pela frente pelo menos três anos de muita pesquisa. “Meu objetivo é gerar uma resposta para a comunidade onde eu vivo”, acrescenta. “No mestrado, consegui confirmar o potencial anti-inflamatório do extrato da casca do ‘Protium hebetatum’. Agora, sigo a pesquisa buscando identificar essas vias farmacológicas para, no futuro, desenvolver uma tecnologia que beneficie a comunidade.”

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Especial - Laboratório de Farmacologia