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Núcleo de Apoio à Inclusão da Ufac comemora 10 anos

publicado: 23/04/2018 11h49, última modificação: 23/04/2018 16h38

Reconhecida pelos avanços nas políticas de inclusão, a Universidade Federal do Acre (Ufac) mantém, há dez anos, um espaço específico voltado à acessibilidade. Trata-se do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), criado pela resolução n.º 14, de 30 de abril de 2008.

O setor fornece suporte e assessoramento técnico-pedagógico aos cerca de 300 estudantes com deficiência matriculados, hoje, na instituição. Para marcar a data, o evento 10 Anos de NAI: Caminhos Inclusivos na Ufac reuniu equipe, administração e estudantes no anfiteatro Garibaldi Brasil, nesta segunda-feira, 23.

“O NAI, hoje, tem um papel importantíssimo na inclusão e acessibilidade comunicacional, atitudinal, contra todas as barreiras que possamos ter na Ufac”, disse a coordenadora do NAI, Joseane Martins. “A universidade dá o acesso, mas a garantia de permanência e sucesso desses alunos vem, muitas vezes, da ajuda que o NAI proporciona.”

O pró-reitor de Graduação, Carlos de Moraes, representou a Reitoria no evento. “Não basta abrirmos as portas da universidade para dar condições de entrada a estudantes com deficiência, é preciso que também tenhamos instrumentos de apoio para que os alunos permaneçam nos cursos adquirindo a qualidade acadêmica necessária; nesse sentido, o NAI é fundamental”, destacou.

Como parte da programação comemorativa, acontece até sábado, 28, no auditório do NAI, o curso Introdução à Áudio Descrição, com a consultora do Instituto Benjamin Constant, do Rio de Janeiro, professora Ana Fátima Berquó. 

Também participaram da solenidade de abertura o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Sérgio Siqueira; a representante da Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação, Gercineide Maia; e o coordenador de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, Joaquim Oliveira. 

10 anos do NAI  

Estrutura 

Vinculado atualmente à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), o NAI passou a receber, nos últimos cinco anos, uma série de investimentos em infraestrutura e pessoal. Foi após seis anos de criação que ganhou uma área adequada para atendimento ao público-alvo.

Em um espaço mais amplo, localizado no novo prédio Edilberto Parigot, inaugurado em abril de 2014, é possível receber os estudantes, especialmente os com dificuldade de locomoção, com muito mais conforto. Em Cruzeiro do Sul, desde agosto de 2016 o espaço também conta com sala própria.

“Tínhamos à nossa disposição uma sala de tamanho bem reduzido e não adaptada. Os problemas começavam já na porta, quando chegava um estudante cadeirante para atendimento, por exemplo”, relembra a coordenadora do NAI, Joseane Martins.

No espaço disponível atualmente, o NAI mantém uma minigráfica (para confecção e revisão de material em braile), quatro salas para atendimento, sala de reuniões, espaço da coordenação pedagógica e auditório com capacidade para receber até 80 pessoas.  

A equipe também cresceu. Ao todo, são 26 profissionais envolvidos em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, incluindo fisioterapeuta, assistente social, fonoaudiólogo, intérprete de libras, revisores de texto em braile, assistentes administrativos e técnicos em assuntos educacionais. 

“Temos uma demanda que tende sempre a aumentar em virtude da política de cotas, mas com o quadro de pessoal reduzido não conseguíamos avançar com o necessário no trabalho”, destacou a coordenadora. “Hoje, com um quadro efetivo bem significativo, caminhamos mais e melhor, com desafios e dificuldades ainda, é claro, mas com muito mais eficiência.”

Serviços

O NAI oferece a técnicos, professores e estudantes palestras, seminários e cursos de extensão na área de língua brasileira de sinais (Libras) e braile. Os cursos têm como função contribuir com a integridade de pessoas que possuem algum tipo de dificuldade, possibilitando uma reflexão sobre o tema.

Além disso, visando promover o acesso didático-pedagógico, nos processos de ensino e aprendizagem, de estudantes com deficiência, a unidade oferece, através do lançamento de editais, estas bolsas e auxílios:

- Promaed (Programa de Monitoria para Apoio ao Estudante com Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e com Altas Habilidades ou Superdotação): bolsa de estudo/monitoria concedida aos acadêmicos com deficiência para auxiliá-los em sua rotina acadêmica. 

- Pró-PcD (Programa de Incentivo ao Estudante com Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e com Altas Habilidades ou Superdotação): bolsa de estudo concedida aos acadêmicos com deficiência em situação de vulnerabilidade socioeconômica, regularmente matriculados em cursos de graduação, na modalidade presencial.  

- Protaed (Programa de Tutoria para Apoio ao Estudante com Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e com Altas Habilidades ou Superdotação): bolsa de estudo/tutoria concedida aos acadêmicos interessados em apoiar a inclusão acadêmica dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação durante o semestre letivo.