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Pesquisa da Ufac avalia café em ambiente sombreado
A Universidade Federal do Acre (Ufac), através do Núcleo de Agroecologia do Vale do Juruá e do Laboratório de Solo, Planta e Atmosfera, do campus Floresta, conduz pesquisa para comparar o desenvolvimento de café (‘Coffea arabica L.’) cultivado a pleno sol e em ambiente sombreado.
O experimento, realizado em Cruzeiro do Sul, tem o ambiente sombreado com a espécie ingá de metro plantada em linha. O ingá é uma leguminosa arbórea comum na Amazônia e apresenta uso promissor em sistemas agroflorestais, considerando características como crescimento rápido, simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, alto poder de rebrota e perda constante de folhas.
“Para os trópicos úmidos, o cultivo a pleno sol dessa espécie de café não é recomendado pela literatura disponível”, explicou o coordenador do projeto, professor Leandro da Cruz. “Dessa forma, o sombreamento pode reduzir a temperatura e deixar a maturação dos frutos mais lenta, condição que pode agregar valor ao fruto. Além disso, a arborização de cafezais pode ajudar na conservação dos solos.”
A ação faz parte do projeto Tecnologias Agroecológicas de Referência, Educação Profissional para Conservação da Sociobiodiversidade e Formação Participativa de Recursos Humanos para Agroecologia na Amazônia Ocidental: Território da Cidadania do Vale do Juruá, Acre.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); os Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Educação; e a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário da Casa Civil da Presidência da República financiam o projeto. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufac também contribui com o trabalho.
Além do coordenador, o projeto conta com a participação dos professores Maria Márcia Sartori (Unesp-Botucatu) e Eduardo Mattar (Ufac), com discentes do curso de Engenharia Agronômica, Aniquely Morais e Luan dos Santos.