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Pesquisadores da Ufac participam do 54º MedTrop

publicado: 05/09/2018 11h29, última modificação: 05/09/2018 11h32

Alunos das pós-graduações em Ciências da Saúde na Amazônia Ocidental (Mecs) e em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia (Cita), além de membros do Laboratório de Apoio à Vida Silvestre, da Universidade Federal do Acre (Ufac), participaram do 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop), realizado em Olinda (PE), de 2 a 5 de setembro.

O congresso tematizou “Doenças Transmissíveis: Predição e Desafios para o Enfrentamento de Novas e Velhas Epidemias”. Os pesquisadores apresentaram dez trabalhos sobre doença de Chagas, leishmaniose, malária e helmintos. Também participaram de cursos sobre temas de estudos básicos, ensaios clínicos, controle de doenças infecciosas e parasitárias, com ênfase para doenças de populações negligenciadas. 

Um dos trabalhos apresentados foi “Estudo da Fauna de Triatomíneos e Análise da sua Infecção por Tripanossomatídeos no Projeto de Assentamento Nova Cintra, Rodrigues Alves, Acre, Brasil”, da mestranda do Mecs, Fernanda Portela, do campus Floresta, orientada pelo professor Dionatas Meneguetti.

“Os triatomíneos, comumente chamados de barbeiros, possuem importância médica por serem os vetores da doença de Chagas”, contou Fernanda. “Nós coletamos triatomíneos do genero ‘Rhodnius sp.’, mas o exame do conteúdo intestinal deles não apresentou positividade para infecção por tripanossomatídeos.”

Pesquisadores da Ufac participam do 54º MedTrop

O trabalho “Endoparasitos de Interesse para a Saúde Pública Diagnosticados em ‘Geotrygon montana’ (Aves: Columbiformes) no Estado do Acre, Amazônia Brasileira” foi apresentado pelo graduado em Ciências Biológicas pela Ufac e membro do Laboratório de Apoio à Vida Silvestre, Leandro Siqueira, orientado pelos professores Francisco Glauco e Edson Guilherme.

“Os animais silvestres são hospedeiros de reservatórios de vários patógenos, muitas vezes desconhecidos para a comunidade cientifica e que podem infectar a população humana”, disse Siqueira. “Em nosso estudo, diagnosticamos a presença de ‘Entamoeba histolytica’ e ‘Capillaria sp.’, ambos responsáveis por infecções em humanos, o que é preocupante para moradores da reserva que se alimentam dessa espécie de ave.” 

Também entre as pesquisas apresentadas estava “Aspectos Epidemiológicos da Doença de Chagas no Estado do Amazonas no Período de 2004 a 2014”, do mestrando do Cita, André Luiz Rodrigues.

Ele lembra que a doença de Chagas é causada pelo ‘Trypanossoma cruzi’, protozoário flagelado, descoberto a mais de cem anos. “Essa enfermidade é difundida nas Américas, principalmente na América do Sul, acometendo milhões de pessoas”, ressaltou. “Na Amazônia Ocidental, há vários fatores que contribuem para o aumento de casos da doença de Chagas. Entre eles, a transmissão por via oral, o que torna importante o conhecimento dos padrões epidemiológicos para o desenvolvimento de medidas de profilaxia dessa enfermidade.”