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Ufac celebra 35 anos do Laboratório de Paleontologia
Em homenagem aos 35 anos do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas (LPP), a Universidade Federal do Acre (Ufac) montou uma programação especial encerrada nesta sexta-feira, 25, com a realização de um evento comemorativo que reuniu e homenageou figuras e pesquisadores importantes para crescimento e destaque do espaço.
O LPP abriga fosseis de jacarés, tartarugas e preguiças gigantes que habitaram a região amazônica entre 5 e 8 milhões de anos atrás. De suas pesquisas resultou o registro inédito de diferentes gêneros e espécies científicas, o que traz à Ufac a visita constante de pesquisadores de todo o mundo.
“O resultado desses 35 anos de esforços está hoje traduzido em publicações, artigos científicos e livros, sem os quais não dá mais para se discutir paleontologia no Brasil e na América do Sul”, destacou o coordenador do evento, Jonas Souza Filho. “O laboratório agigantou-se de tal forma que jamais passará desapercebido pela ciência e por aqueles que amam a paleontologia.”
Criado por uma resolução datada de 13 de maio de 1983, o laboratório tem como objetivo estudar o material fóssil presente nas formações geológicas que cobrem toda a Amazônia Ocidental. O LPP se consolida como o maior laboratório de paleontologia da região. Sua coleção, que hoje inclui mais de 6 mil peças, começou com as coletas de Ariton Rosas Junior e pesquisas de Alceu Ranzi, no final da década de 1970.
“Era o mês de setembro de 1977 quando chegava em meu gabinete o amigo Ariton, que trazia vasto material fossilizado encontrado no alto rio Juruá”, relembrou o reitor à época, Áulio Gélio Alves de Souza, em vídeo exibido durante a abertura das comemorações. Ele buscou apoio externo e, seis anos depois, conseguiu fundar o LPP; foi homenageado como o reitor fundador do laboratório.
Alceu Ranzi também foi homenageado. Formado em Geografia pela Ufac, com mestrado em Paleontologia e doutorado em Ecologia da Vida Selvagem pela Universidade da Flórida, ele começou o ciclo de palestras realizadas hoje, para uma plateia composta sobretudo por jovens.
“O mundo da ciência é coletivo. Não existe gente fazendo ciência só. Eu fui apontado como precursor, mas, na verdade, somos precursores de um momento do laboratório”, disse. “Nesse cantinho da Amazônia o Acre se destaca. O futuro é um trabalho de todos nós. Há muito a se fazer ainda pelo laboratório e para isso precisamos de gente.”
O LPP se localiza no bloco Francisca Corina Feitosa, no campus-sede da Ufac, em Rio Branco, e está aberto para visitação de universidades e escolas da rede pública de ensino. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (68) 3901-3521.