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Ufac realiza abertura de fóruns em saúde

publicado: 26/06/2018 14h53, última modificação: 26/06/2018 14h53

A Universidade Federal do Acre (Ufac), através de seu programa de pós-graduação em Saúde Coletiva, realizou nesta terça-feira, 26, a abertura do 15º Fórum Internacional em Saúde e do 7º Fórum de Saúde Coletiva do Estado do Acre. Os eventos terminam nesta sexta-feira, 29; as inscrições são feitas on-line. O participante também deve doar um quilo de alimento não perecível. 

O fórum tem como tema “As Doenças Psicossomáticas e as Implicações à Saúde na Amazônia Ocidental”. Doenças psicossomáticas têm causas emocionais, mas que refletem fisicamente no corpo humano, como é o caso da depressão e da ansiedade, cada vez mais comuns na sociedade contemporânea. 

A cerimônia de abertura contou com uma apresentação teatral do grupo Aguadeiro, uma sessão solene com representantes da saúde do Estado e do Brasil e uma mesa-redonda coordenada pela professora Rozilaine Lago, abordando política nacional em saúde mental, práticas integrativas, atenção à saúde das pessoas com doenças psicossomáticas e rede de atenção à saúde. 

Todas as palestras e mesas-redondas são realizadas no Teatro Universitário da Ufac, pela manhã e pela tarde. Há também uma exposição de trabalhos científicos de alunos e professores das universidades de Rio Branco e estandes dos patrocinadores do evento. 

“Este ano nós elegemos o tema das doenças psicossomáticas, que está ligado ao dia 7 de abril de 2017, quando a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde decretaram o tema ‘Depressão: Vamos Dialogar’”, conta o organizador do fórum, professor Creso Machado Lopes. 

Faculdades de Psicologia do Acre — da Ufac, da Faao, da Fameta e da Uninorte — são parceiras na realização do evento.

Também estiveram presentes na solenidade de abertura a reitora em exercício da Ufac, Guida Aquino; a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri; o secretário de Saúde do Estado do Acre, Rui Arruda; o secretário Municipal de Saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida; a conselheira do Conselho Federal de Medicina, Dilza Ribeiro; o presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Areski Peniche; e a diretora acadêmica da Uninorte, Vanessa Igami.

Depressão e ansiedade

De acordo com dados de 2017 da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão afetava mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Só na América Latina, em 2015, 5% da população vivia com esse transtorno. 

A OMS relata que muitos são os fatores relacionados ao aumento dos casos registrados: estresse do trabalho, pressões sociais, pobreza, desemprego e até mesmo problemas causados por álcool e uso de drogas. A depressão é mais comum em países com menor renda per capita. 

A doença também afeta mais mulheres do que homens. Uma pesquisa do catálogo de Trocas de Dados de Saúde Global (GHDx, na sigla em inglês), da Universidade de Washington, relata que mulheres entre 55 e 74 anos eram as maiores vítimas em 2015, com uma taxa acima de 7,5%, contra 5,5% de homens da mesma faixa etária.

A depressão pode levar ao suicídio. Só no Brasil houve um aumento de 12% nas taxas de suicídio entre 2011 e 2015. O feminicídio é uma das causas que afetam as mulheres, pelos casos de relacionamentos abusivos. O professor Creso Machado Lopes informa que, entre 2011 e 2015, no Acre, ocorreram 111 casos de suicídio e pelo menos 608 tentativas.

Já os casos de ansiedade entre as mulheres são ainda mais altos. Só na região das Américas, 7,7% sofrem de ansiedade. As maiores taxas são observadas nos grupos entre 40 e 49 anos. Em 2015, 264 milhões de pessoas viviam com ansiedade, com um crescimento de 14,9% desde 2005.

(Caroline Lamar, estagiária Ascom/Ufac; acadêmica do 8º período de Jornalismo)