CAP promove encontro com mães de alunos autistas

O Colégio de Aplicação (CAP), da Ufac, promoveu o 1º Chá Adoçado com Inclusão, na tarde de quarta-feira, 3, na biblioteca da escola. Destinado a mães de alunos autistas, o evento faz parte do projeto de extensão “Autismo no CAP: + Informação + Respeito e – Preconceito” e visa promover um debate sobre o tema, bem como prestar contas das atividades executadas. 

A professora do CAP e coordenadora do projeto, Nágila Oliveira, destacou que o principal objetivo é auxiliar mães de alunos autistas. “Dar um pouco de apoio emocional a essas mães, pois não é fácil ser mãe de criança com autismo. A sociedade não está preparada, não abraça essa causa e precisa melhorar muito”, disse a professora. “Elas enfrentam muitos desafios na escola, desde preconceito de outras famílias como de alguns colegas.”

O CAP começou a receber alunos diagnosticados com autismo desde 2017. A partir de então foram tomadas medidas visando à inclusão do aluno, como a criação do projeto, que tem como público-alvo as famílias de todos os alunos do ensino fundamental 1 e da pré-escola. No momento, o CAP conta com três estudantes diagnosticados com autismo participando do projeto. 

“Para sensibilizar os estudantes, o primeiro passo é sensibilizar as famílias deles”, afirmou Nágila Oliveira. “Hoje vamos promover debates e diálogos para discutir como está a inclusão desses alunos no CAP, quais nossas expectativas e nossas metas para melhorar e traçar novas ações de inclusão.”

Smarlety Rocha é a mãe do primeiro aluno com autismo a estudar no CAP. Ela lembrou que, no começo, o projeto era direcionado à turma em que o filho dela estudava e hoje ganhou outras proporções. 

“O projeto tomou uma abrangência em nível escolar e a conscientização não chegou só nas crianças, mas também nos pais”, ressaltou. “Hoje, na escola e em âmbito geral, as pessoas compreendem o comportamento do meu filho e o ajudam quando ele tem alguma crise. Isso é muito importante para a inclusão de todas as crianças autistas do colégio, já que o autismo não é uma doença física; o esclarecimento é fundamental.”

O chá ocorreu um dia após o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que é lembrado anualmente em 2 de abril.