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RU da Ufac terá alimentos da agricultura familiar
O Restaurante Universitário (RU) da Ufac terá a sua disposição alimentos oriundos da agricultura familiar. A oferta é fruto de parceria com associações e cooperativas de produtores rurais de Rio Branco, contemplados através de chamada pública.
O valor total dos contratos chega a R$ 1,9 milhão e é normatizado por decreto de lei, que determina que órgãos federais devam destinar, no mínimo, 30% dos recursos aplicados na aquisição de alimentos para a compra de produtos da agricultura familiar.
Ao todo, 903 produtores rurais estão sendo beneficiados através de oito cooperativas: Cooperacre, Mista, Cooperopção, Hélio Pimenta, Quixadá, Sonho Meu, Árvore Viva e Nova Esperança.
“Mais que uma ação técnica de observância a um decreto federal, essa é uma ação social que demonstra nosso comprometimento com a questão agrária e com o modo de produzir”, destacou o reitor em exercício, Josimar Batista. “Muitas vezes a universidade paga duas vezes mais ao negociar com o empresário que, nesse caso, funciona como atravessador. Portanto, estamos falando de economia também.”
Responsável, hoje, pelo fornecimento diário de 3 mil refeições a baixo custo, o RU é um espaço-chave na universidade. “Com essa parceria, confirmamos nosso objetivo de fornecer alimentação saudável e de boa procedência, dando vez, ainda, a pequenos produtores”, disse o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Sérgio Siqueira.
A produtora rural Rosilene Teles, da associação Árvore Viva, destacou a importância da assinatura do contrato com a Ufac. “Até choramos ao lembrarmos que havia família com muita experiência em produção, na nossa comunidade, querendo desistir da atividade por estar passando necessidade nas mãos de atravessador”, contou. Localizada na Transacreana, a associação Árvore Viva será responsável pelo fornecimento de couve, pimenta-de-cheiro, pepino e banana para o RU.
Do polo Hélio Pimenta, na rodovia AC-10, km 20, o abastecimento será de alface. “Somos 20 mulheres e não temos medo do trabalho nem do desafio”, garantiu dona Edna Guimarães, que tem 20 anos dedicados à agricultura familiar. “Já fomos responsáveis por esse tipo de entrega antes, mas por meio de atravessadores. Agora a relação de pagamento vai ser diferente, mas não a de responsabilidade com o produto.”