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Ufac: computadores custaram R$ 180 mil

por petrolitano publicado 31/10/2011 15h13, última modificação 31/10/2011 15h13
Jornal A Tribuna, 25/04/2001

Compras feitas pela Fundação de Apoio  à Pesquisa  e Extensão Universitária  (Fundape ) têm  de passar  por um processo de licitação, informa Francisco  Irio Eduardo Oliveira, secretário da instituição. A Fundape é ligada à Universidade Federal do Acre  (Ufac) e foi envolvida  em denúncia de aquisição irregular de equipamentos  de informática. A compra foi autorizada pela ex-reitor  Carlito Cavalcanti.

Se, por exemplo, a Fundape fosse comprar uma cadeira não precisaria de licitação, mas, explica Oliveira, teria de ser feita uma cotação de preços em no mínimo quatro lojas. Valores inferiores a R$ 4 mil não necessitam concorrência pública.

Segundo a denúncia do procurador da República, Marcus Vinícius Aguiar,  Carlito anulou  um processo licitatório e transferiu os recursos para a Fundape comprar o equipamento  que seria utilizado em todo o complexo universitário. “Pela lei 8.666 compras com dinheiro público têm de ser com licitação”, afirmou Oliveira, lembrando desconhecer o caso envolvendo Carlito.

Os computadores foram então adquiridos da IBM do Brasil S.A., também denunciada na ação civil da Procuradoria Geral da República. Os gastos chegariam  a R$ 180 mil.

Injustiça


Além do Carlito e a IBM, Aguiar denunciou também vários assessores da Ufac na administração anterior. O ex-presidente  da Comissão  de Licitação, Jaider Moreira, disse que não entende porque o procurador incluiu seu nome e de outros na ação uma vez que apenas abriu  as propostas. Segundo recorda, três ou quatro empresas participavam do certame.

As propostas foram  submetidas à analise  do Centro de Processamento de Dados (CPD) que observou  não serem “boas” as máquinas apresentadas  pelas concorrentes. O reitor então decidiu anular a licitação e transferir para a Fundape a tarefa  de comprar os equipamentos.

A IBM, que, segundo Jaider, sequer tinha participado da licitação, acabou sendo escolhida para fornecer, dar manutenção  e garantia de funcionamento do maquinário.

A inclusão de Jaider e outros assessores foi tida como “injusta” pelo pró-reitor  de Administração, Francisco Saraiva de Farias.

O reitor  Jonas Filhos disse que necessitaria reunir-se com  seus assessores para discutir o assunto. “Fiquei sabendo pela imprensa”, disse.