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Ufac não tem condições de implantar o curso de Comunicação Social

por petrolitano publicado 01/11/2011 11h29, última modificação 01/11/2011 11h29
Jornal A Tribuna, 19.05.2001

A Universidade Federal do Acre (Ufac) ainda não sabe quantas vagas para professores efetivos serão destinadas à instituição das 2 mil disponibilizadas pelo governo federal pata todo o país.

Até 1994, a efetivação do quadro mantinha o ritmo do pedido de aposentadorias como forma de reposição imediata. De lá até hoje, o ritmo de efetivação dos professores universitários não acompanha o número de pedidos de aposentadoria. Isso ocasiona uma carência de professores poucas vezes vista na universidade. Prova disso é que o último concurso para a efetivação foi em 1997.

Outro problema enfrentado pela atual administração foi quanto à criação de cursos, no final da última direção, sem nenhuma condição de se efetivar. O curso de Comunicação Social é um exemplo. Não há estrutura física para comportar os alunos. Também não há verba para isso.

Segundo o pró-reitor de Graduação, Mark Clark, o orçamento da instituição, que era de R$ 3 milhões, caiu para R$ 1,4 milhão. Isso em um período de pleno crescimento de projetos da universidade”, reclama.

Todos esses problemas são sentidos pelos alunos. O estudante aprovado no curso de Jornalismo, Filipe Sales Ferreira, diz estar “desamparado” em relação à falta de comunicação existente entre a universidade e os acadêmicos. “Liguei mais de cinco vezes para a Ufac e eles só têm meia resposta. Só ouvi ‘por volta de’”, lamenta.

O curso de enfermagem enfrenta carência de professores devido à adequação da grade curricular a uma série de mudanças. Clark lembra que a carência de professores, em alguns casos, deve-se à carga horária, que é uma das mais altas da instituição. Uma reclamação constante dos alunos de Enfermagem diz respeito ao estágio nos hospitais públicos. “Não há professores que nos monitorem de maneira adequada”, diz uma aluna, que pede o anonimato.

O reitor Jonas Filho participará de um encontro da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Recife, semana que vem. Lá, serão decididos pontos estratégicos para as universidades brasileiras. O remanejamento de vagas para a contratação de professores efetivos será um dos temas.