FHC mexe no bolso dos servidores federais que revidam com paralisação
Flávia Domingues
Professores e servidores da Ufac, por votação unanime, resolveram paralisar suas atividades ontem por 24 horas. O protesto que está sendo articulado em todo país foi um sinal ao Congresso Nacional onde já tem em mãos o projeto de lei que dilapida os salários dos servidores e professores das universidades federais e desestabiliza suas carreiras. Após a extinção do Regime Jurídico Único retirando a estabilidade dos servidores e passando-os para o sistema celetista (Consolidação das Leis do Trabalho) adotado pelas empresas particulares, o próximo golpe ao trabalhador será no seu bolso. Há sete anos sem reajuste salarial, o governo de FHC quer cortar o salário família, anuênio, quinquênios, incorporações, além de cobrar dos aposentados novamente a Previdência Social que já foi paga durante o período ativo de trabalho. "Hoje em dia, paga-se para ser aposentado", reclama o professor universitários José Mastrângelo. As reivindicações básicas dos servidores são contra a lei que mexe com os salários, reposição salarial de 75,48% e pelo pagamento de FGTS.
A reunião que ontem congregou funcionários e professores da Ufac não descarta uma greve geral, também fez o encaminhamento de que as três federações que representam os seguimentos universitários (Fasubra que representa os servidores, Andes os professores e Andifes as instituições de nível superior), discutam em Brasília uma proposta única para as categorias de modo a unificar o movimento em torno de um só objetivo.
Participaram do encontro além de várias lideranças sindicais, os presidentes do Sindicato do Servidores Administrativos do Terceiro Grau (Sintest), Dário Lopes, Associação dos Decentes da Ufac (Adufac), Renato Nunes da Silva e o Reitor Jonas Filho, que se colocou ao lado da categoria.