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Greve, greve e... greve!

por Ascom02 publicado 02/10/2012 15h46, última modificação 02/10/2012 15h46
Jornal AgazetadoAcre.com, 02 de outubro de 2012
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“Ei, é greve, é greve, é greve, é greve, é greve...”. Calma leitor, não é aquela musiquinha política chata e sem noção que toca na sua televisão e nas ruas onde você mora/trabalha – para nossa alegria. Esse artigo é para que todos nós possamos refletir sobre as consequências das greves que têm acontecido com cada vez mais frequência no Brasil.

O movimento grevista surgiu por volta do século XVIII e chegou ao Brasil no começo do século passado, com a Greve Geral de 1917. Com a industrialização do país, aumentaram as pressões por melhorias nas condições de vida e trabalho.

Este ano, o movimento dos trabalhadores de diversas categorias reivindicaram seus direitos por meio da greve para obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Queiram ou não, prejudica quem não tem nada a ver com isso: a população, o povão!

Tivemos paralisação em órgãos importantes: mais de 60 universidades federais, Polícia Federal, Correios, bancários, entre outros. É muita gente parada pra pouca greve.

A greve das faculdades públicas, por exemplo, vai afetar a vida dos estudantes pelo menos até 2014, quando o calendário deve ser normalizado. Para se ter uma ideia, o primeiro semestre de 2013 do ano letivo da Ufac só vai começar em junho. JUNHO. Acredite se quiser. E mais: é muito provável que haja paralisação no ano que vem, de novo!

Que fique claro, não sou contra a greve, mas é preciso pensar um novo jeito dos operários buscarem seus direitos, sem prejudicar quem tem menos culpa nisso tudo: a so-ciedade. É um assunto complexo, que requer bastantes discussões. Não se revolve do dia pra noite.

Os patrões, os governos, enfim, quem estiver no comando, precisam deixar o pensamento pré-histórico de lado e dar o que cada funcionário merece. Começar o debate refletindo sobre o verdadeiro papel dos governantes é fundamental. Será que um governante sério, que se preocupa com a educação (por exemplo), vai deixar mais de 60 universidades federais em greve por tempo indeterminado (?) - exatos quatro meses esse ano. Será?

Acho que esse seria o ponto inicial dessa discussão: o papel de quem manda. Os trabalhadores só querem seus direitos, nada mais que isso. As greves vão continuar a acontecer, mas podem afetar bem menos a população, basta os governantes respeitarem os benefícios de cada trabalhador e cumprirem com o papel de servir o povo.

João Paulo Maia é estudante de Jornalismo da Ufac
Twitter: @jpmaiaa
joao.maia.rodrigues@gmail.com

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