Na Ufac, idosas participam de oficina sobre direitos e deveres
Todas têm mais de 65 anos e um sonho em comum: continuar aprendendo. São alunas como a senhora Ercília Silva dos Santos que, aos 82 anos resolveu aprender mais sobre Direito como forma de se “inteirar” sobre os próprios direitos e deveres, como diz ela mesma.
A aposentada é uma das muitas alunas da oficina ministrada pela professora voluntária Risoleta Miranda, através da Universidade Aberta para a Terceira Idade (Unati) da Universidade Federal do Acre (Ufac).
A Universidade da Terceira Idade tem, entre os seus objetivos, a realização da educação não-formal através da promoção de debates, pesquisas e assistência à população idosa.
Mas, cumpre uma missão que vai além disto: renova o ânimo dos alunos. De acordo com a estudante Sebastiana da Silva, de 68 anos, participante da oficina de Direito, a oportunidade de voltar a estudar é boa para que eles mantenham a auto-estima em dia e o capital intelectual intacto. Ela é professora aposentada e voltou a ser aluna através da Unati.
Risoleta Miranda, professora voluntária no projeto, é uma das mais empolgadas com as aulas. Ministrando uma aula sobre a Constituição, a bacharel em Direito se viu em meio a perguntas das alunas idosas sobre o “mensalão”.
Com bom humor e linguagem fácil, a professora explicou como funcionam as votações do Supremo Tribunal Federal no julgamento do caso mensalão, que começou a ser julgado em agosto.
“É uma oportunidade excelente. É bom poder ajudar as pessoas as entenderem sobre Direito. Sinto-me gratificada”, diz.
O ensino não-formal não está necessariamente voltado para a profissionalização. A Unati visa, principalmente, oferecer às pessoas a possibilidade de desenvolver competências que gostariam de ter desenvolvido no curso de suas vidas e que, por várias razões, não puderam realizar.