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Catuaba vira cenário para série de TV ‘Mauani’

por Ascom02 publicado 29/06/2016 07h40, última modificação 29/06/2016 08h28
Antigo seringal pertence à Ufac e funciona como laboratório experimental; equipe prevê 3 semanas de filmagens no local

Após uma semana de gravação em Porto Acre, elenco, diretores e produtores da série de ficção para TV “Mauani, o Silêncio de Maria” realizam, agora, os trabalhos na Fazenda Experimental Catuaba, localizada a aproximadamente 25 quilômetros do centro de Rio Branco. O local, um grande seringal que antes pertencia a posseiros e seringueiros, hoje é uma área de preservação ambiental pertencente à Universidade Federal do Acre (Ufac).

Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Josimar Batista, a área, de 840 hectares, foi cedida pelo governo à universidade e, atualmente, funciona como um laboratório para os cursos de Biologia, Engenharia Florestal e Engenharia Agronômica, além de permitir que alunos do Colégio de Aplicação (CAP) pesquisem assuntos relacionados à área de ciências da natureza. O espaço se transformou, também, em cenário para a gravação de uma obra para TV.

Para as gravações, a equipe de direção e produção de “Mauani” visitou vários lugares na cidade de Rio Branco e redondezas, mas foi o Catuaba que apresentou o cenário desejado. “Estávamos buscando um ambiente que, além de ter uma mata fechada, possibilitasse a construção do set de filmagens”, conta o diretor-geral do projeto, Silvio Margarido, que procurou o Catuaba como sugestão do reitor da Ufac, Minoru Kinpara, e da diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), professora Lucy Queiroz.

O local possui, ainda, estradas de seringa que foram aproveitadas para o cenário. “Entre todas as locações, aqui, no Catuaba, é onde há um maior número de cenas, como as das correrias indígenas, quando acontece o sequestro da Mauani”, explica um produtor associado do projeto, Tiago Melo. A respeito da estrutura para gravação, ele é bem otimista: “Aqui, é quase um estúdio.”

Segundo a diretora de produção Juliana Calles, para o início das filmagens foram necessários alguns ajustes. Além de adequar a estrutura de uma casa já existente no local, para ser transformada em camarim, foi construída uma casa de paxiúba, que remete à casa de alguns personagens, como o seringueiro Chicão, Dona Ana e a pequena Mauani.

“Enfrentamos alguns processos para conseguir a paxiúba, que não pode ser retirada em qualquer lugar. Pesquisamos e conseguimos retirá-la em Boca do Acre”, explica Juliana. Para retirada e transporte do material, a equipe contou com apoio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). Para Juliana, a escolha do Catuaba foi certeira. “É encantador entrar lá, a estrutura física do espaço remete perfeitamente ao roteiro da obra.” A equipe prevê três semanas de gravação no local. O próximo set de filmagem é o Sítio Histórico Quixadá.

(Jaine Araújo e Nina Veras, acadêmicas do curso de Jornalismo da Ufac, sob supervisão da professora Giselle Lucena)

Postado em: 29/6/2016