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Conferencista peruano apresenta-se no simpósio de Letras

por Ascom-01 publicado 05/11/2014 11h20, última modificação 05/11/2014 11h19

Uma das atrações internacionais do 8º Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental foi a conferência do professor Luis Alberto López, proferida em espanhol na noite dessa terça-feira, 4, no anfiteatro Garibaldi Brasil. López é diretor de Atividades Culturais e Vida Comunitária da cidade de Saint Lambert, em Quebec, no Canadá, e possui doutorado em Literatura Comparada pela Universidade de Montreal.

O professor, nascido em Otuzco, no Peru, começou a conferência intitulada “La poética. Una proposición desde la literatura americana” fazendo menção ao convite-tema do simpósio: “Artes, Silêncios e Silenciamentos”. “Arte é o que se sabe, se sabe um pouco e se vê”, disse. “O silêncio é o que não se sabe; o silenciamento é o que não se sabe que não se sabe.”

Segundo ele, sua conferência resumia um trabalho de 20 anos de pesquisa e fora preparada para um congresso em Porto Rico, mas se sentia honrado em apresentá-la “num lugar importante, o umbigo da América”. Integrante da segunda geração da Filosofia da Libertação (movimento filosófico da América Latina), que tem em Enrique Dussel um dos seus grandes expoentes, López fez uma exposição de representações criadas pelo eurocentrismo, que se constituem, em sua opinião, farsas para o silenciamento e doutrinamento do outro, no caso, o ser latino-americano.

Conferencista peruano apresenta-se no simpósio de Letras

Entende-se eurocentrismo como uma visão de mundo que elege a Europa como protagonista na elaboração da história e da sociedade moderna. “A ciência europeia é toda uma farsa institucional”, disparou López, ao falar de questões conceituais envolvendo os termos “poiética” e “poética”. Discutindo literatura, tautologia, a bíblia, modernidade e colonialismo, o conferencista promoveu uma desconstrução e desmistificação de conceitos transmitidos como verdades absolutas pelo mundo ocidental.

“O nome de Jesus Cristo é Yeshua de Nazaré, não é Jesus Cristo: outra farsa ocidental”, exemplificou López. Após a parte teórica da palestra, ele apresentou slides para fazer uma leitura de imagens, seguindo a apresentação na mesma linha de interpretação. Depois, a conferência foi encerrada e abriu-se espaço para as perguntas da plateia.

 

Postado em: 5/11/2014