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Contador de histórias, Gregório Filho, realiza bate-papo com alunos de Jornalismo

por Ascom02 publicado 18/07/2014 09h40, última modificação 18/07/2014 09h40
Encontro acontece nesta sexta-feira, 18, às 19h, no bloco Walter Félix

Alunos do 4º período de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) recebem a visita do contador de histórias Francisco Gregório Filho. A visita faz parte das atividades da disciplina Cultura Brasileira e ocorre nesta sexta-feira, 18, às 19h.

Gregório Filho nasceu em Rio Branco, no Acre. Formado em artes cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), atuou como ator e diretor. Foi gestor de programas e projetos culturais nas áreas de música, rádio e teatro. Quando foi secretário de Cultura do Acre, implantou as Casas de Leitura Chico Mendes e Gameleira. Na década de 1990, começou a dedicar-se às questões da leitura, tendo sido um dos organizadores do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, implantado em 1992, na Biblioteca Nacional.

Foi professor do Curso de Leitura, Teoria e Prática, promovido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Atualmente desenvolve oficinas de formação de contadores de histórias para educadores sociais, estudantes e profissionais de diferentes áreas. Como contador de histórias, dedica-se, especialmente, a um repertório voltado para os contos populares brasileiros.

Autor de diversos livros, entre eles “Ler e Contar. Contar e Ler” (Letra Capital, 2008); “Dona Baratinha e Outras Histórias” (Rocco, 2006) e “Lembranças Amorosas” (Global, 2000), Gregório Filho foi, ele próprio, inspirador de um livro: em 2012, a jornalista Tania Machado publicou a obra “Entre Rios”, biografia de Gregório. A obra é resultado de um trabalho de conclusão do curso de especialização em Produção do Livro: do Autor ao Leitor, da Cátedra Unesco de Leitura (PUC-RJ).

Durante a última semana, em Rio Branco, Gregório ministrou a oficina “A Arte da Palavra”, promovida pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). “Escrever ou narrar uma história é entrar no terreno da imaginação. Mas, ao mesmo tempo em que liberta, a palavra também aprisiona”, pondera ele. “Escrever não é fácil, dói, pois nos faz pensar e tocar em questões talvez inimagináveis.”

Suas oficinas são frequentadas por diferentes profissionais. No bate-papo com estudantes de Jornalismo, ele vai falar sobre como o jornalista pode contribuir para a multiplicação de narrativas; sobre a sensibilização para a escuta; sobre o jornalista como contador, ouvidor e multiplicador de histórias; sobre a experiência de ter sido biografado por uma jornalista, entre outros assuntos.

A contação, diz ele, é importante para melhorar a qualidade da leitura. Há alguns discursos contrários a essa prática de contar histórias, mas ela é essencial, ele afirma: “Você se torna leitor com a oralidade, a escrita e as imagens. É a palavra escrita conectada com a oral, com o que está em volta e com as imagens. O primordial é a escuta aliada à expressão. Para isso, precisamos da quietude, ouvindo uma voz narrando e trazendo uma história, um texto.”

Postado em: 18/7/2014