Doutoranda da Ufac publica artigo em revista internacional sobre descoberta de inseticidas vegetais em plantas da flora amazônica
A aluna do doutorado em Produção Vegetal (Agronomia), Ana Cláudia Vieira, teve artigo aceito para publicação na revista internacional Journal of Stored. O artigo será publicado em breve e trata da descoberta de inseticidas vegetais com base em óleos extraídos de plantas da flora amazônica para controle do caruncho-do-milho e é resultado da dissertação de mestrado.
Está é a primeira publicação internacional da área de entomologia agrícola do programa de pós-graduação em Produção Vegetal (Agronomia). O artigo foi aceito com louvor, sem nenhuma correção por parte do Journal of Stored. Tem como co-autores os docentes Carromberth Carioca Fernandes e Lucas Martins Lopes. O trabalho foi coordenado pelo professor Adalberto Hipólito Sousa.
Através de pesquisa, Vieira descobriu uma gama de óleos naturais com potencial inseticida para controle do caruncho-do-milho Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) que é uma das pragas mais destrutivas de grãos armazenados. Essa praga é controlada atualmente com a fosfina e com inseticidas organofosforados e piretróides que com uso contínuo tem ocasionado resistência a essas substâncias. O uso destes produtos também apresenta risco à saúde humana e ao meio ambiente.
A flora amazônica apresenta uma gama de plantas com propriedades inseticidas e foi nela que Ana Cláudia Vieira buscou um inseticida vegetal como alternativa ao uso dos produtos que são utilizados atualmente. A doutoranda descobriu onze óleos com potencial inseticida e destes, seis apresentaram um resultado uniforme.
Segundo o coordenador do projeto em pesquisa Manejo Integrado de Pragas Agrícolas e Florestais no Estado do Acre, Adalberto Hipólito Sousa, os inseticidas vegetais, reportadas no artigo são alternativas potenciais a serem implementadas no manejo de insetos-praga. “Os trabalhos não param, este artigo é apenas o início de um grande projeto de manejo integrado de pragas da região amazônica”, explicou Sousa.
Postado em: 10/7/2015.