Moradores jogam lixo na via de acesso ao Parque Zoobotânico da Ufac

A estrada que dá acesso ao Parque Zoobotânico (PZ) da Universidade Federal do Acre (Ufac) se tornou um verdadeiro lixão. Moradores da Chácara Ipê e dos bairros próximos vêm jogando dejetos ao longo da via que leva ao parque. Na estrada podem ser encontrados pneus, fogões, ossadas de bois, livros velhos e até aparelhos de musculação.

Segundo a diretora do PZ, Cristina Boaventura, é necessário que os moradores tomem consciência e não joguem lixo no local. “O PZ constitui a maior área verde do perímetro de Rio Branco e influi diretamente no monoclima da cidade. É uma área importantíssima para a pesquisa e para as ações de conservação ambiental”, ressaltou.

Parque Zoobotânico

O PZ ocupa uma área de aproximadamente 100 hectares, fato que o torna o maior espaço verde urbano de Rio Branco. Seu principal objetivo é contribuir para o desenvolvimento regional em base sustentável, centrando-se em três grandes pilares: biodiversidade; ecologia e manejo de ecossistemas; educação ambiental.

Setores do Parque Zoobotânico

Estudos do uso da terra e mudanças globais: trabalha com o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao uso da terra, englobando aspectos biofísicos e socioeconômicos, analisando suas implicações nas mudanças climáticas globais.

Laboratório de sementes florestais: trabalha com a geração de informações ecofisiológicas de sementes de espécies arbóreas regionais, incluindo estudos que possam garantir um manejo adequado das sementes nativas.

Herbário: caracteriza-se como um centro de referência da flora estadual, com milhares de amostras de exsicatas (plantas secas) já determinadas e disponibilizadas em banco de dados.

Viveiro de produção de mudas: possui capacidade para 50 mil mudas e mantém uma produção média anual de 30 mil, priorizando espécies nativas, frutíferas, madeireiras, medicinais e ornamentais, para atender a comunidade regional e cooperar com a conservação ambiental.

Laboratório de produtos florestais não madeireiros: vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN), desenvolve atividades relacionadas ao manejo de recursos florestais não madeireiros em comunidades locais de modo a ampliar as possibilidades de produtos de potencial produtivo para as famílias extrativistas, contribuindo para a preservação da floresta.

Laboratório de entomologia: tem como foco principal estudar a riqueza da entomofauna da região.

Arboreto: desenvolve ações no sentido de gerar informações sobre a biologia e a ecologia de espécies arbóreas regionais, para subsidiar a implantação de sistemas agroflorestais, contribuindo com a aplicação prática e a disseminação da agroecologia na região amazônica.