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Professor da Ufac aponta como investir, ‘driblando’ as altas taxas de juros

por Ascom02 publicado 22/01/2015 16h47, última modificação 22/01/2015 16h47
Aumento da taxa de juros torna mais rentável investir em Fundos de Renda Fixa, Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio, diz professor do curso de Economia

O aumento da taxa básica de juros (a taxa Selic) de 11,75% para 12,25% exige atenção especial dos pequenos investidores na hora de buscar a melhor aplicação.  Professor do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Acre (Ufac), Carlos Estevão explica que, mesmo diante desse cenário de alta, é possível investir com sucesso.

Segundo o especialista, o primeiro passo na hora de se lançar no mercado de investimento é entender, minimamente, o atual ambiente econômico.  “O aumento da taxa básica de juros efetivada pela atual equipe econômica do governo possui como principio básico conter o aumento generalizado de preços na economia, ou seja, conter a inflação”, explicou. “Com os juros mais altos, as pessoas pensarão duas vezes antes de consumir e, com a diminuição da demanda [procura por bens duráveis], os preços tendem a cair. Essa é a ideia básica.”

Para quem conseguiu driblar a crise e, mesmo com o crescimento fraco da economia brasileira, possui dinheiro sobrando, a orientação do professor é apostar em Fundos de Renda Fixa, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Os dois últimos com dinâmica similar de aplicação.

“Para investir em fundos, a dica é olhar a taxa de administração. Para que o fundo ganhe da poupança, a taxa tem de ser menor que 1%, mas atenção: os fundos têm incidência de Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras, que também sofreu aumento [de 1,5% para 3%]”, sugeriu Estevão. “LCI e LCA são títulos de crédito que têm como garantia financiamentos imobiliários ou financiamentos agrícolas. Nesse caso, não há incidência de Imposto de Renda nem de taxa de administração e a garantia é pelo Fundo Garantidor de Crédito.”

Apesar da desvantagem de submissão a um prazo para que o capital permaneça aplicado, o especialista acredita que as duas últimas opções são as mais rentáveis na atualidade. Para investir, o correntista só precisa procurar o gerente do próprio banco.

Poupança deve ser evitada

Como regra geral, um ambiente de juros mais altos não favorece o investimento em caderneta de poupança. Apesar desta ainda ser a alternativa mais segura para quem deseja investir, segundo o professor, a aplicação é a que menos remunera porque paga uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial, o que acaba fazendo com que não seja um investimento tão atraente nesse momento em que as taxas de juros estão em elevação. “Na poupança, não se paga Imposto de Renda, mas muitas vezes o aplicador perde ou deixa de ganhar, dinheiro”, resumiu o especialista.

Postado em: 22/1/2015

(Ascom-Ufac)