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Professor de História da Ufac defende tese sobre fundação do Acre

por Ascom-01 publicado 27/10/2014 15h30, última modificação 27/10/2014 15h30

O professor Eduardo de Araújo Carneiro, do curso de História da Universidade Federal do Acre (Ufac), acaba de defender sua tese de doutorado em História Social, na Universidade de São Paulo (USP). O trabalho, intitulado “A fundação do Acre: um estudo sobre comemorações cívicas e abusos da história”, que teve a orientação da professora Raquel Glezer, foi apresentado e aprovado no dia 20 de outubro.

O papel político e simbólico das comemorações de efemérides relacionadas à anexação do Acre ao Brasil, quanto à veracidade das narrativas de eventos históricos divulgados por ocasião das referidas festividades, é a linha central da tese de Eduardo Carneiro. “O fenômeno comemorativo no Acre foi estudado como parte de uma tradição milenar ocidental de uso do discurso epopeico em festas cívicas”, explicou Eduardo.

A pesquisa teve caráter exploratório com predominância do método qualitativo, sendo que uma das conclusões parciais às quais Eduardo Carneiro chegou foi a de que as festas cívicas no Acre desempenharam, num passado recente, o mesmo papel político que há anos elas cumprem no velho mundo ocidental. O papel, entre outras coisas, disse Eduardo, “de forjar identidades, promover ufanismo e legitimar o tempo presente”.

“Quanto à narrativa epopeica da história do Acre, apresentada pelos promotores das comemorações cívicas, o conceito a que se chegou dela, conforme as propostas analíticas da história anticomemorativa formuladas por alguns historiadores contemporâneos como Pierre Nora, é que ela é desonesta, irresponsável e abusiva”, finalizou.

A banca que examinou e aprovou a tese do professor da Ufac foi composta pelos seguintes membros: Raquel Glezer (orientadora), Marcos Antônio da Silva (USP), Valdir de Oliveira Calixto (Ufac), Maria Helena Rolim Capelato (USP) e Francisco Pinheiro de Assis (Ufac).

 

Postado em: 27/10/2014