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SBPC Extrativista debate espaço de mercados verdes

por Ascom02 publicado 18/07/2014 15h59, última modificação 18/07/2014 15h59

Pela primeira vez, a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cuja 66ª edição acontece no período de 22 a 27 deste mês, no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), vai abrigar trabalhos exclusivamente voltados para questões de extrativismo. O evento pretende discutir as oportunidades de avanços no fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade e os desafios para se atingir os mercados verdes.

De acordo com o coordenador da SBPC Extrativista, professor Tadeu Melo, “uma das características do extrativismo convencional é o baixo nível tecnológico aplicado aos processos produtivos. Existe um grande déficit de conhecimento voltado para a resolução de questões extrativistas. Nesse sentido, creio que essa reunião que ora estamos realizando pode contribuir para a redução dessa deficiência”.

Ainda no dizer de Tadeu Melo, “é preciso garantir o acesso dos produtos extrativistas ao mercado e que estes sejam vantajosos para as comunidades tradicionais. A promoção de uma economia verde necessita de alavancas consistentes. Necessita também de investimentos em ciência e tecnologia, para que as populações extrativistas sigam conservando o meio ambiente, mas também progridam social e economicamente”.

Entre as atividades da SBPC Extrativista, constam minicursos e mesas-redondas. Os minicursos: “Recomendações técnicas para a adoção de boas práticas de produção de castanha-do-brasil”; “Métodos de restauração florestal”; “Pegada ecológica” e “Pesquisa extrativista com enfoque de gênero”. As mesas-redondas: “Desenvolvimento tecnológico e agregação de valor”; “Pós-Graduação e pautas extrativistas”; “Políticas públicas para a sociobiodiversidade” e “Negócios sustentáveis”.

O que é extrativismo vegetal

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define extrativismo vegetal como o “processo de exploração dos recursos vegetais nativos que compreende a coleta de produtos como madeiras, látex, sementes, fibras, frutos e raízes, entre outros, de forma racional, permitindo a obtenção de produções sustentadas ao longo do tempo, ou de modo primitivo e itinerante, possibilitando, geralmente, apenas uma única produção”.

Além disso, o extrativismo deve ser compreendido como sistema capaz de garantir os modos de vida de toda uma população. Mas para seguir cumprindo esse papel, explica Tadeu Melo: “É essencial que nossos conhecimentos sejam agregados ao saber tradicional, sendo que esse saber deve ser valorizado no processo de construção de soluções.”

Postado em: 18/7/2014