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Ufac finaliza oficina sobre manejo florestal

por Ascom-01 publicado 15/04/2015 17h22, última modificação 15/04/2015 17h22
Curso tem como objetivo qualificar profissionais de extensão rural

Uma parceria da Universidade Federal do Acre (Ufac) com o projeto Florestabilidade, da Fundação Roberto Marinho, trouxe ao Acre uma oficina para testes de casos de ensino em manejo florestal na Amazônia. Ao longo de quatro dias, os participantes tiveram a chance de testar cinco casos reais, que serão publicados em um livro no segundo semestre deste ano. A oficina encerra amanhã, 16, com apresentação final dos resultados da metodologia aplicada.

Com o objetivo de capacitar profissionais para atuação em unidades de extensão rural, o curso reuniu cerca de 40 extensionistas e professores, além de cem alunos da Ufac e do Instituto Dom Moacyr. O método também foi utilizado na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), com a finalidade de facilitar a interação entre alunos e professores de Santarém. A expectativa é levar a experiência para universidades dos estados do Amazonas, Rondônia, Amapá e Mato Grosso.

“O projeto Florestabilidade tem dois braços. Um voltado à formação de professores dos anos finais do ensino básico para discussão do tema floresta dentro das salas de aula; e o outro, exatamente esse [o do curso], mais ligado à formação em extensão rural”, explicou a coordenadora do projeto, Lysa Ribeiro. “Pela nova lei de Ater [lei da Extensão Rural], o extensionista precisa estar preparado para trabalhar com a floresta e, na prática, hoje nem todos eles têm essa capacitação”, justificou.

De maneira resumida, o extensionista florestal é a pessoa responsável por levar ao produtor, especialmente o micro e pequeno, métodos e técnicas a serem desenvolvidas para assistência em relação ao manejo florestal.

Segundo Lysa, a ideia da oficina é dar continuidade à construção de um acervo de casos de ensino para extensionistas rurais que poderá ser utilizado por universidades de todo o país, já que todo o material será disponibilizado também para o ensino em cursos como Engenharia Ambiental e Florestal, por exemplo. “Nesta oficina, os participantes contribuem para o melhoramento da formatação dos caos. O próximo passo é reorganizar os textos e em seguida publicar”, disse a coordenadora.

Entre os cinco casos apresentados, está a experiência em manejo madeireiro desenvolvida pela Cooperativa de Produtos Florestais Comunitários (Cooperfloresta) no interior do Estado. Durante a oficina, os alunos tomam decisões diante do problema apresentado, levando em consideração fatos reais levantados durante a leitura dos casos. “Todos os textos coletados apresentam um dilema de grupo. A função dos participantes do curso é também encontrar alternativas e soluções transmitidas a partir do conhecimento em um método específico”, disse o professor do curso de Engenharia Florestal da Ufac, Marco Amaro, que desde 2014 integra a equipe do projeto, como colaborador.

“No ano passado, em uma reunião na sede da Fundação Roberto Marinho, foram apresentados os 30 objetivos a serem trabalhados dentro da metodologia e a seleção dos nove estudos de caso que integrarão o livro que será publicado. Quatro casos foram concluídos na oficina realizada pela Ufopa, em Santarém, e agora os outros cinco estão sendo finalizados aqui em Rio Branco”, destacou o professor.

Prof. Marco Amaro

 

Florestabilidade

O projeto Florestabilidade foi lançado pela Fundação Roberto Marinho em 2012, com o objetivo de despertar jovens para uma importante missão: a de se tornarem gestores da maior floresta tropical do planeta. Ao todo, já foram formados, para utilizar os materiais pedagógicos do Florestabilidade, 2.522 professores e 141 técnicos da extensão rural junto a estudantes e comunidades da Amazônia. No Acre, 25 técnicos da Secretaria de Educação já participaram de oficina de formação do Florestabilidade e replicaram o projeto junto a 150 professores, que atuam no Projeto Poronga em Rio Branco e seis municípios.

 

Postado em: 15/4/2015