Ufac promove 2º InterPET

A Universidade Federal do Acre (Ufac) realizará, nos dias 12 e 13 de novembro, o 2º Integração dos Grupos PET (InterPET). O evento reunirá grupos do Programa de Educação Tutorial (PET) da Ufac para demonstração dos conhecimentos obtidos ao longo do ano e promover troca de experiências. Grupos PET da Universidade Federal de Rondônia (Unir) também são esperados no encontro, que ocorre no anfiteatro Garibaldi Brasil e na sala ambiente de Medicina.

Na Ufac, há nove grupos PET. O PET Agronomia do campus Floresta, de Cruzeiro do Sul, e Agronomia, Letras, Economia, Geografia, Educação Física, Matemática e Conexões de Saberes — Comunidade Quilombola, Comunidade do Campo e Comunidade Indígena, do campus de Rio Branco. Todos eles estarão reunidos para apresentar as atividades desenvolvidas e fazer exposição de banners com trabalhos desenvolvidos e publicados pelos bolsistas.

Clícia Sales é aluna do curso de Letras/Francês e irá apresentar o trabalho desenvolvido no projeto “Trocas linguísticas e solidarismo em Língua Portuguesa”, do PET Letras. O projeto, com tutoria da professora Simone de Souza Lima, trabalha com imigrantes haitianos, senegaleses e africanos, que além do idioma crioulo (idioma nativo), falam, também, francês, espanhol e inglês.

No projeto, os alunos do PET Letras ensinam o português para os imigrantes. “Aprendo muito com eles, que ficam muito agradecidos por tudo que ensinamos”, diz Clícia. “Com eles tenho a oportunidade de exercitar o francês, pois são fluentes neste idioma.”

Com cinco anos de existência, o PET Economia desenvolve um conjunto de ações de ensino, pesquisa e extensão. Dentre elas, uma tem chamado a atenção da mídia local. Semanalmente, os alunos do projeto fazem a coleta dos preços de gasolina, etanol e diesel nos postos de combustível de Rio Branco.

Segundo o tutor do PET Economia, professor Rubicleis Gomes da Silva, este é um dos projetos de maior impacto do programa. “Em função dos aumentos constantes do preço do combustível, temos uma visibilidade maior do nosso trabalho e somos muito requisitados por jornais e programas de televisão”, comenta. “Divulgamos os dados em nossa página no Facebook e também enviamos os dados via WhatsApp. Tem gente que só compra gasolina depois que olha a nossa tabela.”

Entre os destaques da programação do 2º InterPET, está a participação do presidente da Comissão Executiva Nacional do PET (Cenapet), João Aristeu da Rosa, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que irá debater “Os desafios do PET diante da política de austeridade do governo”. Outro destaque é o professor Alvaro Leonardi Ayala Filho, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que irá tratar do tema “Educação tutorial e o papel do PET no ensino superior”.

O professor do curso de Geografia da Ufac, Anderson Mesquita, é o interlocutor do PET na universidade. Para ele, o programa incentiva ensino, pesquisa e extensão. “Essa é a razão de ser da Ufac”, comemora. “É um programa que busca construir um caminho de excelência na formação dos alunos. O InterPET é uma oportunidade de divulgar as ações realizadas pelo programa.”

Ufac sedia 21º Enapet

A Ufac irá sediar o 21º Encontro Nacional dos Grupos PET (Enapet). O evento está previsto para o segundo semestre de 2016 e tem expectativa de receber mais de 2 mil estudantes dos 842 grupos de 121 instituições de ensino superior do país.

Mesquita ressalta que o Enapet é o grande evento nacional sobre o programa de educação tutorial. “É o momento em que todos os grupos, mais de 800, se reúnem para discutir todas as ações desenvolvidas em nível de Brasil”, explica.

A divulgação do evento que ocorrerá na Ufac foi realizada durante o Enapet de 2015, em Belém, o que, segundo Mesquita, foi muito positivo: “Todos querem vir para a Ufac; a divulgação foi muito bem recebida. A exemplo do que aconteceu na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), este é um evento que coloca a Ufac como pioneira.”

Sobre o PET

O PET é um programa criado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 1979, com o objetivo de incentivar, nas instituições de nível superior, o surgimento de grupos de estudo que se dedicassem ao trabalho intelectual em tempo integral, sob a orientação de um professor tutor, num ambiente que favorecesse o envolvimento, a participação e a troca de ideias e experiências entre alunos e professores.

Postado em: 4/11/2015