Ufac promove aula inaugural do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica

A vice-reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, participou hoje pela manhã, 1º, na sala ambiente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD), da aula inaugural do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica. A primeira aula foi ministrada pela coordenadora do programa, professora Leila Dotto, com o tema “Enfermagem Obstétrica: resgaste histórico da formação”. A solenidade contou também com a participação do pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Josimar Batista Ferreira; além de estudantes e professores.

Esse programa constitui-se em ensino de pós-graduação lato sensu, sob a forma de curso de especialização na modalidade de residência, caracterizado por aprendizagem em serviço, com carga horária de 5.760 horas (80% práticas e 20% teóricas). Além disso, o curso terá duração de dois anos, fundamentando-se em eixos articuladores cujas principais bases são os direitos humanos e os direitos reprodutivos.

São objetivos do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica, entre outros, analisar as condições de vida e saúde da mulher e do neonato em seu contexto social e cultural; realizar ações educativas junto à mulher e à família, que promovam a expressão e valorização do saber feminino; desenvolver atividades de gestão de assistência à mulher; e atuar na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

De acordo com a professora Leila Dotto, coordenadora da atividade, “esse é um programa pioneiro, realizado ao mesmo tempo por 18 universidades brasileiras, sendo que no Acre, além da Ufac, atuam como instituições parceiras a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), através do seu Departamento de Ensino e Pesquisa, e a Secretaria Municipal de Saúde, através das suas unidades básicas de saúde”.

Seis alunas recém-formadas no curso de Enfermagem da Ufac foram selecionadas entre 89 inscritos para participação nessa primeira edição do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica. São elas: Simone Andreia Caldera Torres, Yasmin de Souza Brasil, Ana Cláudia Rolim de Paiva de Souza, Luana de Almeida Jucá, Lhays Maria Assaf Lustosa e Raphaela Cassiano dos Santos Silva.

Ana Rolim disse, sobre os motivos que a levaram a encarar esse novo desafio, que sentiu a necessidade de melhorar a sua qualificação profissional. “O mercado de trabalho está muito difícil. Muitos que se formaram antes de mim ainda estão desempregados. Com a especialização, creio que as portas se abrirão. Além disso, a área de obstetrícia era a que mais eu gostava na graduação”, afirmou a estudante.

Ao final de dois anos, o que as entidades promotoras dizem esperar, entre outras questões, de acordo com o projeto do curso, é um profissional com “visão humanista, crítica e reflexiva, pautado na premissa de que a gravidez e o nascimento são eventos normais da vida, além de conhecer e intervir sobre os problemas de saúde da mulher e do neonato, mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional”.