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A influência portuguesa nas línguas do mundo

por petrolitano publicado 25/01/2012 10h38, última modificação 25/01/2012 10h38
Jornal Página 20, 24.02.2002

Luísa Galvão Lessa


O português, a oitava língua mais falada no planeta, a terceira entre as línguas ocidentais, após o inglês e o espanhol, é a língua oficial de oito países: Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste.

Os portugueses, tomando o mar como seu, deixaram, em decorrência das navegações, deixaram marcas da língua portuguesa em muitas outras línguas do mundo, como no inglês, francês, malaio, quincongo, africans, onde se fixaram em pequenos pontos, ao longo da costa, isolados do mundo e construindo o mar como ligação emocional, como lugar mítico de sentimento, de mitologia, como forma de sustento, via de ligação, e, ainda, como sonho de um grande império que era esse mesmo mar, ainda, hoje, pátria de muitos falantes da língua portuguesa.

A presença da Língua Portuguesa em outras línguas do mundo é o maior testemunho da sua existência. Cada termo português ou propagandeado por aqueles que são e se tornaram portugueses, adotado por uma outra cultura, "Língua", são os mais vivos fósseis do português em si mesmo. Tornado no Oriente e no Atlântico língua franca, ele foi um importantíssimo vínculo de comunicação durante alguns séculos, influenciando línguas européias, asiáticas, africanas, americanas, em todos os quadrantes do Mundo.

Línguas indo-européias: bengalês, gujarati, hindi, hindustani (urdu), lascarim-hindustani, concanim, marata, panjabi, sindi, cingalês;

Línguas Dravídicas: telugu, tamil; malaialam; canarê, malaio, sundanês, javanês;

Línguas de Timor: tetum, galóli.

Outras Línguas: Japonês, ambom, o balasha indonésia, falado na ilha de Ambon, (Anoboino) mais conhecido como Melayu-Ambon, tem cerca de 200-207 termos de origem portuguesa, principalmente na área dos tratos da casa, do comércio, da religião e da administração.

Nas antigas comunidades de falantes de crioulo-português esse numero é muito maior, com expressões idiomáticas presentes na fala e nas cantigas populares.

A Influência Portuguesa no inglês - para o Inglês vieram 38 palavras de origem portuguesa. Muitos destes vocábulos só foram utilizados nas versões ultramarinas de inglês, faladas no oriente, em África e na América.

Não obstante, possivelmente, alguns termos foram importados de outras línguas que o importaram do português. Em alguns casos é ambígua a trajetória que alguns termos tomaram. Vejam-se algums exemplos: marmalade (1480) < marmelada; reis (1555) mireis (1589) ; flamingo (1565) < flamengo; coco (1579); molasses (1582) < melaço, no pl.; madeira - vinho - (1585); yam (1588) < inhame; buffalo (1588) < búfalo; palanquin (1588); typho (1588) < tufão; mandarun (1589); bayadère (1598) < bailadeira; areca (1599); port, oport - vinho - (1691) < (o) porto; Macaw (1688) < Macau; grouper (1697) < garupa; ginny, guinea (1620) < guineu, guiné; assagai (1625) < azagaia; dodo (1628) < doudo (pássaro); pintado (1602); cast (1613) < casta emu (1613) < ema; comprador - servo nativo no oriente - (1615); tank (1616) < tanque; pagoda (1634) < pagode; lorcha (1653); palmyra (1698) ; goglet (1698) < gorgoleta; moidore (1711) < moeda de ouro; Senhor (1795); pareira (1715) < parreira; palaver (1735) < palacra (questão, discussão); joss (1711) < deus (ídolo); verandah (1711) < varanda; cangue (1727) < cango; ayah (1780) < aia; margosa (1813) < amargosa (árvore da Índia).

Fonte de consulta: BIBLIOTECA Português no Mundo, Página do Terravista.

C
omo usar as palavras pequenez e pequinês?

- Use-as assim: com "Z" quando oriunda de pequeno, para significar qualidade de pequeno, embora utilizemos no sentido, também, de baixeza, mesquinhez, coisa freqüente por essas bandas; com "S" quando proveniente de Pequim, capital da China.

Uma outra dica:

Palavras terminadas em - EZ são derivadas de adjetivos, como em: pálido - palidez; malvado - malvadeza. As terminadas em -ES são derivadas de substantivos: montanha - montanhês; corte - cortês.

Face a ou em face de, professora?


- Em face de, é claro. Agora, as pessoas se engraçaram com esse francesismo de tal modo que usam-no largamente. Todavia, o bom uso da língua recomenda dizer; em face de e, para ser elegante, o falante deve seguir o preceito gramatical.

Mordi minha língua! E agora?


- Bem feito, pois disse bobagem! Não se emprega o possessivo quando se trata de parte do corpo, qualidades do espírito ou peças do vestuário. Usa-se, apenas, artigo.

Assim, diga:

Mordi a língua! ( E nunca: Mordia minha língua!) Pois a língua só pode ser sua. Ou você anda mordendo a língua de outra pessoa?! Ele perdeu o juízo (E nunca: Ele perdeu o seu juízo.). Rasguei a camisa. (E nunca: Rasguei minha camisa.) Quebrei o pé. (E nunca: Quebrei meu pé.)

Posso dizer "Rua tal, número tal", professora?


- Não, de forma alguma. Diga assim: "Rua tal, número tantos". Em casos assim, quando não mencionamos o numeral, não podemos repetir o "tal" duas vezes.