Estudantes protestam contra a direção do DCE

Cerca de 200 estudantes universitários realizaram no início da tarde de ontem, ao lado do Restaurante Universitário, um ato de repúdio à direção do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Gritando palavras de ordem e com direito a som ao vivo e debates, os acadêmicos da Ufac protestaram contra o descaso da atual diretoria, que lacrou a sede da entidade e não prestou contas de sua administração.

Nenhum diretor da atual gestão apareceu ontem no Campus para dar satisfação. O presidente Eduardo Carneiro há dois dias não é visto pelos estudantes. O protesto organizado de maneira estratégica pelos universitários - bem na hora do almoço - resgatou os tradicionais movimentos estudantis, um pouco esquecidos nesta gestão.

Na reunião ficou definido que o Conselho de Entidade Base (CEB), formado por todos os diretores dos Centros Acadêmicos, irá acionar o Conselho Estudantil Universitário (Coesu) para que marque uma data visando a realização da eleição referente à gestão de 2002.

Presidente Eduardo Carneiro pode ser acionado no Ministério Público

Caso o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Eduardo Carneiro, não preste constas de sua administração referente ao exercício de 2001 no Conselho Estudantil Universitário, diretores e presidentes de 26 CAs podem entrar com uma representação civil pública no Ministério Público Estadual. 

Segundo a diretora do CA de Letras, Suely França, ele está envolvido com o desaparecimento de cerca de R$ 8 mil. A verba, conseguida por meio de um convênio com a prefeitura, tinha o objetivo de pagar professores que lecionaram no pré-vestibular comunitário. Na época - final do ano passado -, Eduardo Carneiro registrou queixa na delegacia sustentando o argumento de que todo dinheiro havia sido roubado.

“Não podemos continuar tolerando essas histórias lunáticas. Não dá para entender como é que uma pessoa vai sacar 8 mil reais no banco e toma outro caminho, podendo sacar aqui mesmo, no Campus. Vamos aguardar sua prestação de contas até o início de março, caso contrário entraremos com uma ação civil pública no Ministério Público Estadual para que seja investigado melhor o caso”, disse Suely França. (Senildo Melo)