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Eu gazetei aula

por petrolitano publicado 30/01/2012 09h40, última modificação 30/01/2012 09h40
Jornal A Gazeta, 19.03.2002

Tatiana Campos


Que me perdoe o professor de língua portuguesa, mas nobres causas merecem adesão embora dessa vez o “sacrifício” da aula de português tão essencial a um comunicador, tenha se tornado necessário. É preciso resgatar e efervescer o movimento estudantil.

A universidade pública brasileira, em especial a nossa Ufac (classificada como periférica no contexto nacional) vive um período conturbado em função da política neoliberalista do atual governo – que não tem nenhum interesse em investir no ensino superior. Ao entender do nosso presidente (não esqueçamos o seu diploma em sociologia) o melhor para nossa amada pátria é que a educação universitária seja dirigida por corporações internacionais de ensino, que é lógico ensinariam seguindo sua cartilha e segundo os seus interesses.

Dentro deste âmbito é que o movimento estudantil se faz de suma importância. Precisamos nos unir em prol da não privatização das universidades públicas, reivindicar recursos para pesquisa e extensão, lutar por nossos direitos! Mas não é só de lutas e manifestos que o movimento vive, ele também abrange os campos social e cultural. Dele surgiram movimentos como o Tropicalismo e nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Quantos talentos os festivais já revelaram? Quantos líderes como Márcio Batista e Marina Silva já foram descobertos?

Diante de tudo isso que acabo de vos expor, caro leitor, você há de convir que gazetei para defender, realmente, uma nobre causa.

Acadêmica de Comunicação Social/Jornalismo (Ufac)