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Alunos de Enfermagem denunciam falta de estrutura do curso

por petrolitano publicado 31/10/2011 14h39, última modificação 31/10/2011 14h39
Jornal O Rio Branco, 15.04.2001

Diva Albuquerque

Estudantes do primeiro ano do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre (Ufac) protestaram contra as condições em que se encontra a estrutura acadêmica do curso. Denunciando a falta de professores e prevendo a ausência de laboratórios para os próximos períodos, eles alegam que estão decepcionados com a realidade encontrada na Universidade.

Os calouros alegam que desde o início das aulas, ha menos de um mês, estão sem aula em três disciplinas por falta de professores. Além disso, não há equipamentos básicos do tipo retroprojetor para trabalhar em sala ou ainda, livros técnicos recomendados ao curso. Os que estão disponíveis na biblioteca estão velhos e desatualizados, em sua maioria.

"Estamos gastando dinheiro para vir a Universidade mas não tem aulas, às vezes ficamos todo o horário a espera de uma única disciplina, isso porque as demais não têm professores para ministrá-las, eles (docentes) comentam que muitos estão fora estudando, fazendo mestrado e doutorado, enquanto nós ficamos prejudicados", declarou Luciana Sousa, aluna do primeiro ano.

A aluna afirma que os novos acadêmicos tentaram falar com o reitor Jonas Filho mas foram informados que deveriam procurar o Pró-Reitor de graduação, professor Mark Clark. Na Pró-Reitoria de Graduação receberam a orientação para procurar o reitor, sem que recebessem qualquer definição do problema.

O curso de Enfermagem é um dos mais concorridos da Ufac, perdendo apenas para o de Direito. As condições estruturais em que se encontra o curso, apesar disso, são inversas, podendo ser visto como um dos que tem maior número de problemas. Além da falta de professores, os alunos dispõem somente de um laboratório próprio que está desativado por falta de aparelhos, razão pela qual estão sendo aplicadas as aulas práticas no laboratório do curso de Biologia.

Declarações feitas recentemente por alunos do quinto período reforçam as reclamações. Eles haviam afirmado que a falta de professores e as condições de trabalho faziam com que o curso tivesse seu funcionamento comprometido. Na oportunidade, os alunos questionavam a qualidade do curso e o lastro em que seria instalado o curso de Medicina. "Se o curso de Enfermagem funciona a duras penas, o que podemos falar do curso de Medicina que está para ser implantado, que tipo de profissional será formado por esses dois cursos, questionou um dos alunos do quinto período".