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Briga de partidos prejudica emissão de carteira do estudante na Ufac

por petrolitano publicado 31/10/2011 15h21, última modificação 31/10/2011 15h21
Jornal A Tribuna, 28/04/2001

Os estudantes da Ufac não têm acesso à carteira da UNE (União Nacional dos Estudantes) devido às diferenças político-partidárias entre a união dos estudantes e o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade. Desde o início do ano, os alunos da instituição não têm como retirar as carteiras no diretório. Há o formulário para o preenchimento, mas não há a carteira propriamente dita. 

Em carta aberta à imprensa, um estudante do 7º período do curso de Letras responsabiliza o DCE pelo atraso na emissão das carteiras. Segundo o estudante, há um "desinteresse total da instituição (diretório) em oferecer a carteira nacional dos estudantes", afirmou. O estudante relata ainda que o diretório da Ufac não renovou contrato com o DNC (Departamento Nacional de Carteiras).

O presidente do DCE da Ufac, Eduardo Araújo Carneiro, desmente o fato. Afirma que o contrato para a remessa dos "espelhos" das carteiras (carteirinha propriamente dita) foi assinado e remetido para São Paulo segunda-feira (23/04/01). Foram pedidas 500 carteirinhas. Cada uma custa ao estudante R$ 10. Carneiro responsabiliza interesses partidários por parte de alguns membros do PC do B (Partido Comunista do Brasil), com importantes cargos dentro da união dos estudantes em São Paulo, que querem prejudicar sua atuação no diretório aqui no Acre."O embate político partidário existe. Não tem jeito. O ilógico é ter um representante dos estudantes de toda a região Norte, que é acreano, na direção da UNE e que tenta inviabilizar a emissão das carteiras por diferenças partidárias", reclamou.

O presidente também afirmou que a atuação do DCE não pode se limitar à emissão de carteiras. "Não é esse o papel fundamental do diretório. Lutamos pela melhoria nas condições de ensino. Isso é o fundamental", disse. 

De acordo com Carneiro, o DCE tentou resolver a questão com o lançamento da "carteirinha local", ao preço de R$ 4. Além de ser mais barata, houve a ampliação do acesso à meia-entrada "não só para os estudantes, mas para todos que são do meio acadêmico". 

O fato de as carteiras darem acesso a boates, teatros, casas de espetáculos pela metade do preço normal, é contestado por alguns estudantes da universidade.

"Essa carteirinha local não dá acesso à quase nada pela metade do preço. Quando há desconto, não é de 50%, como manda a lei", denunciou Luciano Fernandes de Souza, estudante do 2º ano de Análise de Sistemas. 

Outro estudante do curso de Análise e Sistemas, José Neto, afirmou que "há falta de comunicação dentro do DCE. Não somos bem-informados, por exemplo, quanto aos convênios a que temos direito sendo portadores das carteiras".