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Ufac: curso de Enfermagem continua sem professores

por petrolitano publicado 31/10/2011 14h49, última modificação 31/10/2011 14h49
Jornal A Tribuna, 18.04.2001

A Ufac (Universidade Federal do Acre) ainda possui cursos com falta de professores efetivos (aprovados em concurso público). Não há uniformidade nas informações, em relação a quantos cursos são prejudicados com o problema.

Segundo a assessoria da Prograd (Pró-Reitoria de Graduação), somente o curso de Enfermagem possui falta de professores efetivos, no campus (oito áreas não-preenchidas). No Colégio de Aplicação, instituição administrada pela Ufac, há carência de professores na área de língua espanhola e inglesa.

Essa informação não é confirmada pelo presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade, Eduardo Araújo Monteiro, estudante do 5º período de Economia. "Há carências em outros setores, principalmente, nos cursos de licenciatura. História, Geografia, Letras", afirmou.

Segundo Monteiro, o problema da falta de professores efetivos se intensifica há quatro anos, devido, sobretudo, "às novas leis implementadas pelo ministro da Educação, Paulo Renato e Souza" (incentivo à aposentadoria, exigência de qualificação do efetivo, o que leva muitos professores da universidade a viajar para fora do Estado a fim de fazer cursos de mestrado e doutorado).

Para o presidente do DCE, há uma crise generalizada em todo o ensino superior do País. Não é um problema exclusivo da Ufac. "Percebe-se a força de vontade da atual reitoria para a solução desses problemas", ponderou. Os cursos de História, Letras e Geografia já tiveram vagas preenchidas por professores substitutos (professores contratados provisoriamente), segundo assessoria da Pró-Reitoria de Graduação.

Segundo o diretor de finanças do DCE, Efraim Ferraz, estudante de Enfermagem, "o professor substituto não contribui com a pesquisa.

O tripé ensino-pesquisa-extensão não é respeitado". Ano passado, foi feito um "Plano Emergencial" para o curso de Enfermagem e reapresentado à atual reitoria.

Segundo Ferraz, 19 contratações de professores foram pedidas, através do plano. A reportagem não teve acesso ao conteúdo do documento porque a coordenação do curso de Enfermagem afirmou que só daria declarações com autorização "por escrito" da Pró-Reitoria de Graduação.

Para Ferraz, o curso de Enfermagem é o mais prejudicado com a falta de professores. "Atrasamos a conclusão do nosso curso em um ano por causa desse problema", afirmou uma estudante do 5º período de Enfermagem que não quis se identificar.

Uma outra estudante de Enfermagem afirma que a falta de um acompanhamento de professores nos estágios realizados pelos alunos, nos hospitais públicos, também é um fator que pode comprometer a qualidade do serviço prestado à população.