A Ufac e os recursos virtuais

* Raimundo Ferreira de Souza

A internet venceu as distâncias, eliminou as dificuldades nas comunicações e disponibilizou para os pobres mortais, usuários de computadores, informações sobre o mundo inteiro. Além das imagens, os usuários podem obter também o documento que interessa de forma impressa. São os benefícios do mundo virtual desnudando para os internautas os desejos de consumo, as intimidades, as curiosidades, necessidades de aprendizado e as facilidades para aquisição de conhecimento, entre outras informações. O não-reconhecimento dos recursos virtuais significa negar a realidade, recolher-se ao isolamento e mergulhar na ignorância.

As Instituições Federais de Ensino Superior Brasileiras, a partir deste ano, estão sendo agraciadas com as Bibliotecas Virtuais para apoiar as ações de ensino, pesquisa e extensão, que irão facilitar o desenvolvimento dessas atividades, nas mesmas condições para todas as instituições. Ou seja, se um pesquisador estiver desenvolvendo uma temática no Acre, ele dispõe das mesmas condições e recursos bibliográficos em periódicos especializados que teria se estivesse desenvolvendo esse trabalho na USP, UFRJ ou mesmo em Harvard. A Capes, órgão do CNPq, adquiriu por compra 19 bases de dados, reunindo aproximadamente 1.500 títulos de periódicos, cobrindo desde 1995 e com contrato de atualização para os próximos quatro anos. Todo o material está disponibilizado para as instituições de ensino superior objetivando auxiliar as atividades de investigação de professores, alunos e pesquisadores. Para orientar esses usuários na melhor utilização desses recursos, a Capes está oferecendo treinamento por região para os representantes das instituições de ensino superior. O representante do Acre participou de 12 a 16 deste mês do treinamento na UFPA, em Belém. Em breve, a Ufac estará oficializando os protocolos legais, instalando os equipamentos necessários, divulgando a existência da Biblioteca Virtual, que vai ampliar em algumas dezenas de vezes o acervo de periódicos existente e prestar orientações aos usuários na utilização desses recursos.

Essa nova ferramenta, que não ocupa espaço físico nas instalações das bibliotecas nem requer serviços técnicos para organizar as coleções, além de oferecer as possibilidades para as universidades equipararem seus acervos de Norte a Sul, bem como proporcionar uma imensurável condição para melhoria do ensino, vai trazer economia para as instituições, pois não será mais necessário comprar assinatura de periódicos em papel. Para as universidades consideradas pequenas, acreditamos que era o impulso que faltava para, no curto prazo, ocorrerem mudanças para melhor nos serviços oferecidos, na qualidade do ensino e maior atuação na campo da produção científica.

Pela análise realizada durante o treinamento em Belém, é possível que em um futuro não muito distante os acervos em papel na forma de livros, periódicos e outros suportes físicos não mais deverão se encontrar nas estantes empoeirando-se e amarelando as páginas, pois toda e qualquer informação desejada poderá ser adquirida nas bases de dados, dispostas eletronicamente, à disposição dos usuários para leitura no monitor ou através de impressoras. Devido à facilidade na utilização, à riqueza dos acervos e à comodidade para os usuários, as bibliotecas virtuais estão se expandindo com grande rapidez.