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Incra implantará especialização em educação no campo

por petrolitano publicado 20/10/2011 11h54, última modificação 20/10/2011 11h54
Jornal A Gazeta, 15/02/2001

ÉRIKA LOPES

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) vai implantar este ano, em parceria com a Universidade Federal do Acre, um curso de especialização e extensão em educação no campo e desenvolvimento sustentável dos assentados da reforma agrária.

O curso é a concretização de um projeto de pesquisa feito pelo superintendente do Incra, Aldenor Fernandes, no ano de 1999 que foi realizado dentro da Ufac. "Recebi na última semana um telefonema do pessoal do MEC sobre o meu projeto. Me avisaram que eu já poderia colocá-lo em prática, pois os recursos seriam disponibilizados em breve. Fiquei surpreso e feliz".

O curso consiste em transformar alunos graduados ou pós-graduados, técnicos do Incra e trabalhadores de cooperativas de assistência técnica em agentes de desenvolvimento rural dos assentados para que estes passem a saber mais sobre a realidade de seus trabalhos e dessa forma qualificá-los e prepará-los para as novidades da assistência técnica privada, que tem sido procurada para prestar serviços nesses assentamentos. "Estes assentados serão inclusive estimulados a complementar a educação formal através, principalmente, do ensino profissionalizante", afirmou Aldenor.

Os benefícios virão também aos agentes de desenvolvimento que terão possibilidade de se especializarem para atuação nas áreas de reforma agrária.

Tanto a universidade quanto o Incra estarão sendo beneficiados a partir do momento em que houver contribuição para montar a rede específica de pesquisa que coloque o campo como objetivo central das reflexões de professores e alunos das áreas de agronomia, educação, engenharia florestal, economia e geografia.

Critérios e recursos já estão estipulados

 

Os agentes de desenvolvimento rural serão cinco alunos da Ufac que cursem uma das áreas já citadas e 15 técnicos que podem ser do Incra ou de cooperativas de assistência técnica.

O curso será ministrado em duas fases, uma teórica e outra prática. A parte teórica será repassada no próprio Incra por professores da universidade, que estarão recebendo, por dia, R$ 15. A prática acontecerá nos próprios assentamentos e serão administradas por alunos e monitores que também estarão recebendo R$ 15 diários.

Os projetos em que os cursos serão ministrados são aqueles já emancipados ou em processo de emancipação. Hoje existem no Estado cerca de 62 projetos que estão nestas condições. A previsão, segundo Aldenor Fernandes é de que sejam atingidos com o curso 20 projetos por ano, formando por ano aproximadamente 45 pessoas que tenham no mínimo o nível médio para se tornarem multiplicadores em seus respectivos assentamentos. "Esperamos formar em cinco anos uma massa crítica de aproximadamente 200 assentados. Este será o primeiro de uma série de outros cursos que visam a qualidade de vida do assentado".

O curso terá 480 horas, sendo 240 para a parte teórica. Os recursos do MEC serão de R$156.090, com uma contrapartida da Ufac de R$ 71.929.