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Trânsito - Rio Branco

por petrolitano publicado 18/10/2011 15h50, última modificação 18/10/2011 15h50
Jornal Página 20, 01.02.2001

* Raimundo Ferreira de Souza

Terceira ponte, anel viário, construção de caçadas, melhoria na sinalização, instalação de barreiras eletrônicas, modificação no fluxo do centro da cidade, entre outras, são alternativas que já foram discutidas por várias vezes e também já constaram em plataformas políticas, ou melhor, no rol das promessas de candidatos a representantes do povo. No entanto, no que se refere a estudo de problemas que poderão surgir no futuro, neste setor, bem como, ações práticas planejadas para resolver em definitivo o problema, até o momento, ainda não foram priorizadas pelos governantes.

A cada dia que passa a situação do trânsito do centro da cidade fica mais complicado para os carros e os pedestres. Pois Rio Branco, apesar de ser uma cidade de pequeno porte, já está convivendo com problemas de cidade grande. O número de carros licenciados aumenta diariamente e as condições da malha viárias urbana continuam a mesma, com alguns locais em piores condições para o tráfego.

Em horário de maior movimento, a situação fica complicada para os motorizados e os pedestres, visto que, próximo aos cruzamentos pintaram as faixas para travessia, mas esqueceram que as faixas por si só, não proporcionam a segurança, pois, para os pedestres cruzarem as ruas em seguranças é necessário que o tráfego dos carros permita. As campanhas educativas veiculadas pelos meios de comunicação asseguram para a população essa garantia, no entanto, aqui em Rio Branco é diferente.

Por exemplo, quem desejar cruzar sobre a faixa na esquina da Casa do Seringueiro, se não estiver em plena forma física, é melhor não arriscar, porque quando o sinal fechar dando a vez para os pedestres, os carros avançam ao mesmo tempo, em alta velocidade descendo na Getúlio Vargas, ou seja, naquela esquina e em várias outras no centro da cidade, os locais menos seguro e recomendado para travessia são exatamente sobre as faixas para pedestres.

Sobre as condições para o tráfego propriamente e estacionamento não se faz necessário maiores delongas, basta qualquer pessoa ir até o centro da cidade de carro em horário de expediente e tentar encontrar local para estacionar. Para complicar mais a vida dos condutores de veículos em Rio Branco, que já dirigem por ruas estreitas, esburacadas, sem calçadas para pedestres e de sinalização precária, ainda aconteceu essa invasão de motoqueiros trabalhando como entregadores a domicilio e mototaxistras que, além da grande quantidade por toda cidade, ainda dirigem ultrapassando pelos dois lados (dizem que está na lei), praticam a famosa costura no trânsito e ainda são ousados.

Todavia, apesar do tumulto causado nas ruas não tenho nada contra a atividade desses profissionais das duas rodas, eles precisam sobreviver. No entanto, as autoridades precisam proporcionar as condições para o trânsito urbano de Rio Branco acontecer de forma viável e planejar ações para que em um futuro próximo não entre em colapso.

A nova legislação em vigor pode até disciplinar um pouco os motoristas, cassar a habilitação de alguns, arrecadar muito dinheiro através das autuações, mas, a melhoria no trânsito, principalmente do centro de Rio Branco, somente poderá ocorrer, quando houver melhoria na estrutura viária urbana, criando-se condições para aliviar o tráfego do centro, bem como, estruturando-se estacionamentos, mesmo pago, mais de vergonha e um sistema de sinalização adequada e funcional.

O careca do quadro verde (campanha de educação de trânsito), que fica ensinando os motoristas nas ruas, não poderá solicitar o aprendizado da lição, se a sala de aula (as ruas) não oferecerem as condições mínimas para o aprendizado.

* Bibliotecário da Ufac